Sábado, 15 de janeiro de 2011 - 16h55
O De olho no tempo – Meteorologia Jornalística parabeniza a equipe de previsão do tempo do CPTEC/INPE (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos) do (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) que previram com exatidão a ocorrência de chuvas fortes a torrenciais nas áreas agora afetadas e repudia com veemência a imprensa brasileira, que somente agora coloca "âncoras" de telejornais em cidades arrasadas, além de esfregar o microfone na cara das pessoas sem ao menos respeitar a dor de cada um.
A imprensa brasileira trata a meteorologia com tanto descaso que, caso tivessem dado ênfase aos alertas feitos pelos institutos, notavelmente o número dessa catástrofe teria sido muito inferior.
A televisão, o rádio, o jornal e principalmente, a internet, possuem somente um gama: Mostrar a tragédia, o ocorrido e não a previsão, o alerta, a precaução.
Nós do De olho no tempo – Meteorologia Jornalística, que ainda ao final de dezembro de 2010, mais precisamente no dia 23 publicamos a seguinte matéria com o titulo "Previsão indica muita chuva e possíveis novas tragédias no Brasil" já sabíamos que o Rio de Janeiro deveria ser duramente castigado por intensas chuvas logo na primeira quinzena de janeiro. O alerta foi dado, porém ignorado.
Para os próximos dias, o mesmo modelo de previsão numérica que previu com exatidão a tragédia no Sudeste do Brasil coloca novamente um absurdo de chuva agora em uma área de maior abrangência.
O modelo norte-americano GFS calcula entre 15 e 23 de janeiro volumes de chuva acima de 100 milímetros (com picos entre 150 a 200 mm) em parte de:
Santa Catarina: Vale do Itajaí (regiões de Blumenau, Joinville e Brusque)
Paraná: (regiões de Guarapuava, Palmas, Cascavel e Umuarama)
São Paulo: (regiões de Sorocaba, Taubaté, São José dos Campos, Campinas, Piracicaba, Santos e toda a Região Metropolitana de São Paulo)
Rio de Janeiro (todo o Estado, sem exceção)
Espírito Santo: (região de Cachoeiro de Itapemirim)
Minas Gerais: (regiões de Machado, Barbacena, Juiz de Fora, Governador Valadares e toda a Região Metropolitana de Belo Horizonte)
Mato Grosso do Sul: (regiões de Porto Murtinho, Dourados, Ponta Porã, Ivinhema, Corumbá, Aquidauana, Miranda, São Gabriel do Oeste e Campo Grande)
Mato Grosso: (regiões de Água Boa, Confresa, Alta Floresta, Juara, Juína, Tangará da Serra, Comodoro, Sinop e Lucas do Rio Verde)
Goiás: (regiões de Posse, Goiás e Aragarças)
Rondônia: (regiões de Vilhena, Cacoal, Ji-Paraná, Ariquemes, Porto Velho, Buritis e Rolim de Moura)
Amazonas: (regiões de Apuí, Humaitá, Manicoré, Itacoatiara e Manaus)
Pará: (regiões de Santarém, Novo Progresso, São Félix do Xingu e Paragominas)
Tocantins: (região de Araguaína)
Maranhão: (região de Imperatriz)
Piauí: (regiões de Floriano, Teresina e Picos)
Ceará: (regiões de Campos Sales, Crato, Juazeiro do Norte e Orós)
Em todas estas localidades, a chuva acumulada nos próximos dias pode resultar em alagamentos momentâneos, com pancadas de chuva, típicas da estação.
A situação deve ficar muito complicada para o nordeste de São Paulo, regiões de Piracicaba e Campinas, onde os rios já estão transbordando. Com a chuva prevista, a previsão é de que a enchente ganhe proporções ainda maiores afetando um número mais significativo da população local. A Grande São Paulo como um todo deve ser muito afetada pela chuva. Grandes e sucessivos alagamentos são esperados ao longo dos próximos dias.
Para o Rio de Janeiro, o volume de chuva estimado, na maioria dos municípios entre 150 a 200 pode levar o Estado ao colapso total. Com as tragédias já ocorridas, novos deslizamentos de terra e agora também em áreas como Belford Roxo, Nova Iguaçu e São Gonçalo podem ocorrer com magnitudes preocupantes. Para a Região Metropolitana do Rio de Janeiro, os alagamentos consideráveis serão inevitáveis.
A situação é de alerta máximo para as regiões acima citadas. Mais uma vez, os modelos numéricos indicam chuva intensa a extrema em várias partes do Brasil. Cabe agora a imprensa alertar a população para tentar, pela segunda vez, minimizar os danos de uma segunda tragédia anunciada.
(Fonte: De olho no tempo)
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