Sexta-feira, 18 de setembro de 2009 - 06h29
É possível imaginar um troglodita tropeçando em um riquíssimo veio de ouro e saindo a praguejar contra aquela pedra dura que lhe machucou o pé. Pode ser que isso esteja ocorrendo agora mesmo na Amazônia, quando vegetais considerados inúteis e incômodos são destruídos de várias formas, principalmente pelo fogo, quando os pesquisadores cada vez mais descobrem efeitos terapêuticos preciosos até nas ervas daninhas mais desprezadas desde os tempos das cavernas.
Estima-se que, com a evolução acelerada da pesquisa, ficará provado que muitas ervas queimadas na Amazônia e tidas como desnecessárias poderiam representar dinheiro (e cura) para muita gente. O alerta vem do Sul, onde uma planta tida como praga de pastagens e furiosamente destruída pelos pecuaristas, veio mostrar que pode ser ainda mais importante que o boi no pasto. É o caso das flores da erva-de-são-simão (Vernonia scorpioides), que possui um composto ativo eficaz contra o câncer.
Pesquisadores da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) descobriram o princípio ativo nessa planta comum no Brasil, frequentemente descrita como erva daninha. A erva-de-são-simão é uma espécie endêmica e pode ser encontrada em pastagens, terrenos baldios e beira de estradas. Os pesquisadores da universidade catarinense descobriram que compostos químicos presentes na planta têm a capacidade de destruir células de melanoma e adenocarcinoma.
Cuidados preventivos – O melanoma é um câncer especialmente agressivo. O adenocarcinoma também é uma neoplasia maligna, com origem em tecido glandular. Até o momento, segundo Tânia Mari Bellé Bresolin, coordenadora do Mestrado em Ciências Farmacêuticas da Univali, “os resultados são importantes na busca por agentes antitumorais que, somados ao estímulo ao sistema imune, auxiliam no combate à doença”.
Os extratos e frações da planta demonstraram possuir atividade seletiva, sendo cicotóxicos – ou seja, causam danos apenas para células tumorais –, apresentando, inclusive, efeito estimulador sobre as células de defesa do organismo. Os testes foram realizados em modelos animais, mas, até por cuidados preventivos recomendados enquanto a pesquisa prosseguir, os investigadores não recomendam o uso direto da planta, já que ela contém também compostos nocivos.
Fonte: Carlos Sperança
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