Quinta-feira, 14 de maio de 2009 - 12h09
Paula Laboissière
Agência Brasil
O ministro da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Mangabeira Unger, afirmou hoje (14) que a Amazônia brasileira não pode ser salva pela polícia, o que justifica a necessidade de uma revolução no extrativismo local.
Não haverá preservação sem desenvolvimento nem desenvolvimento sem preservação. Não é um problema de lei. Temos que fazer tudo ao mesmo tempo. O problema prioritário é o controle da terra. Se não resolvernos isso, nada mais funcionará, disse, ao participar de entrevista a emissoras de rádio no programa Bom Dia, Ministro.
Ao comentar o primeiro ano do Plano Amazônia Sustentável (PAS), Mangabeira avaliou que já podem ser observados efeitos positivos na região. Ele reconheceu, entretanto, que a região permenece um caos fundiário, uma vez que apenas 4% das terras particulares estão regularizadas.
Lançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 8 de maio de 2008, o PAS prevê a implementação de um novo modelo de desenvolvimento na Amazônia brasileira. Para o ministro, o plano requer a concilliação de muitas idéias e muitos interesses, mas o essencial é adotar medidas que favoreçam posses de pequenos e médios proprietários.
Ele ressaltou que a estratégia do governo será ampliar o quadro de responsáveis pela fiscalização na Amazônia, além da colaboração do Exército brasileiro e de estados e municípios. Só assim vamos dar conta do recado.
Mangabeira destacou que a regularização fundiária e ambiental é um problema não apenas na Amazônia, mas em todo o país, o que acaba virando um jogo de pressão, de influência e de sufoco. Para ele, a falta de alternativas para a população, sobretudo, amazônica, leva a atividades que resultam em desmatamento, como a pecuária extensiva e a exploração ilegal de madeira.
O governador de Rondônia, Marcos Rocha, determinou o fortalecimento das ações de fiscalização ambiental no estado, intensificando a Operação Hileia.
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