Sábado, 26 de dezembro de 2009 - 08h49
Neste ano, 17 missões internacionais vieram ao Brasil de olho no mercado de carne bovina, suína e de aves. Até os países mais exigentes mandaram técnicos para avaliar o controle sanitário e a possibilidade de diversificar as importações.
Romper as barreiras comerciais dos países não é nada fácil. Há dez anos, o Brasil tenta exportar para os Estados Unidos carne bovina in natura e com o Japão as tratativas são para a venda de suínos. São inúmeros os questionamentos sobre controle sanitário e a qualidade dos animais.
— O resultado de um questionário para o Japão pesou 54 quilos de documentos que foram enviados todos traduzidos para a língua exigida — afirma o secretário de Defesa Agropecuária, Inácio Kroetz.
Apesar da reserva de mercado, a vinda neste ano de missões técnicas japonesas, americanas e de outros 15 países é um sinal claro de que apesar das exigências internacionais, os produtos brasileiros têm despertado o interesse dos consumidores lá fora.
Irineu Meneguini cria suínos há 12 anos no município catarinense de Joaçaba. Por ser livre de aftosa sem vacinação, Santa Catarina atraiu a maioria das visitas de técnicos estrangeiros. É que muitos mercados só compram de regiões onde não se vacina contra a doença, que ataca rebanhos bovinos e suínos.
— Santa Catarina, após o reconhecimento internacional que foi concedido recebeu já diversas missões. Entre as quais uma que recentemente terminou foi a missão da União Europeia que foi a Santa Catarina ver a possibilidade de importação de carne suína in natura. Assim também foi a Coreia do Sul, o Japão, os Estados Unidos — diz Kroetz.
Para Rafael Duarte, especialista em Relações Internacionais, o diferencial de Santa Catarina pode render bons lucros aos produtores.
— Se você consegue pegar um nicho de mercado, esse de Santa Catarina que não precisa de uma vacina pra febre aftosa, você realmente tem uma diversificação prêmio no mercado. Por isso, também vai ter um valor agregado muito maior — defende Duarte.
É o que o suinocultor mais deseja.
— O consumo interno de carne suína é muito pequeno e a gente precisa vender carne para outros países para sobrar mais lucratividade para o nosso produtor — explica Irineu Meneguini.
Fonte: Daniela Castro - CANAL RURAL
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