Terça-feira, 24 de agosto de 2010 - 05h46
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) contratou, nos últimos dias, 1.152 brigadistas que já estão atuando em 70 unidades de conservação (UC) no combate a incêndios e queimadas. A previsão é de que até o próximo mês o número de brigadistas chegue a 1.580, que irão atender a 92 unidades de conservação. Hoje, as ações do ICMBio se concentram em 20 UCs onde existem focos de incêndios. Dessas, três UCs são tratadas como prioridade, devido a gravidade dos incêndios: Parques Nacionais das Nascentes do Rio Parnaíba (TO), da Serra da Canastra (MG) e do Araguaia (TO). Para o combate foi montado o Centro Integrado de Multiagências de Coordenação Operacional, com foco de atuação nos estados do Tocantins, Mato Grosso e Rondônia.
Além disso, em Brasília, representantes do ICMBio, Prevfogo/Ibama, Funai, Ministério do Meio Ambiente, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil se reúnem diariamente para avaliar a situação em âmbito nacional. Sete aeronaves estão permanentemente mobilizadas para dar apoio nas áreas prioritárias. Na Serra da Canastra, por exemplo, onde já se registrou a queima de 16 mil hectares de vegetação (8% da área total do parque), 55 brigadistas trabalham agora no combate ao fogo, auxiliados por dois aviões-tanques com capacidade de mil litros de água cada e um helicóptero de reconhecimento e transporte de pessoal para áreas de difícil acesso.
No Parque Nacional do Araguaia, mais dois aviões e um helicóptero dão apoio aos brigadistas no combate ao fogo. A Reserva Biológica de Guaporé, em Rondônia, também está recebendo apoio da aeronave que atendia o Parque Nacional das Emas, onde o fogo foi extinto. Emas, que teve 80% de sua área queimada, vai passar agora por uma perícia para identificação das causas do incêndio, que começou fora da unidade. Além disso, um avião de monitoramento, que fica na base do município de Mateiros (TO) está sendo usado em Nascentes do Parnaíba, onde ainda persiste alguns focos de incêndio florestal.
Anualmente, a população, especialmente da região Norte, é surpreendida com as queimadas, a maioria criminosas, que acontecem na época das estiagens, que variam de região para região. Como esse período crítico pode se estender por seis meses, o Instituto Chico Mendes elaborou um programa de trabalho de combate aos incêndios nas unidades de conservação que consiste na contratação e treinamento de brigadistas. O contrato tem validade de três meses, prorrogáveis por mais três. Cada brigadista recebe treinamento de combate a incêndio com duração de uma semana. E ganha um salário mínimo/mês, mais alimentação, transporte e auxílio família.
(Fotos: ICMBio)
(Fonte: De olho no tempo, com informações EPTV)
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