Quinta-feira, 7 de junho de 2012 - 15h03
Formada por 35 organizações de sete estados do Brasil, a cooperativa Central do Cerrado reafirmará na Conferência das Nações Unidas (Rio+20) – entre os dias 13 e 22 de junho, no Rio de Janeiro – que sustentabilidade e boa mesa podem estar diretamente ligadas. Com apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), cerca de 40 itens produzidos de forma socioambiental no bioma Cerrado poderão ser degustados e adquiridos no evento. A lista de iguarias inclui biscoitos de jatobá, buriti e babaçu, além de polpa de cagaita, bacuri, coquinho azedo, mangaba e outras.
“Temos parcerias com grandes chefs de cozinha, que estão redescobrindo o Brasil por meio dos artigos regionais da culinária. Os itens são ricos em nutrientes e com sabor único, e ainda contam com valor agregado - já que primam pela qualidade, responsabilidade ambiental e social. Nossa expectativa é que esse reconhecimento seja repassado na Rio+20 e que os espectadores também aprovem os alimentos extraídos do bioma Cerrado”, destaca o secretário executivo da Central do Cerrado, Luiz Carrazza.
Esta não é a primeira vez que a cooperativa participa de grandes eventos com o apoio do MDA. Os produtos da Central já foram apreciados em feiras internacionais, como o Salão Europeu de Comércio Justo. O representante da cooperativa explica que pretende repetir na Rio+20 o sucesso de vendas obtido, há dois anos, na Feira Nacional da Agricultura Familiar (Fenafra), realizada pelo ministério, em Brasília, quando comercializaram aproximadamente R$ 60 mil em produtos.
Ele acrescenta que o auxílio do MDA na participação em eventos é essencial. “Os produtos do Cerrado são considerados tradicionais em algumas regiões, porém não tão conhecidos em outras. A ideia é promover a inserção desses alimentos no cotidiano dos brasileiros, além de apresentá-los a mercados estrangeiros”, explica Carrazza.
Para reforçar a meta de vendas, a Central aposta em uma novidade que será divulgada na conferência. A cooperativa fará o lançamento de uma rede virtual própria. “Os clientes podem comprar sabendo que é possível ter continuidade do consumo. Por meio desse canal na internet, faremos a entrega dos itens para todas as regiões brasileiras”, enfatizou o secretário executivo da Central do Cerrado.
Na avaliação do diretor do Departamento de Geração de Renda e Agregação de Valor da Secretaria da Agricultura Familiar do MDA, Arnoldo de Campos, a Rio+20 terá uma mostra bem rica do que é produzido nos principais biomas do País. “Os produtos têm grande potencial de consumo – tanto por suas qualidades nutricionais e medicinais, quanto pelo paladar e características específicas. Estamos promovendo a geração de renda com a floresta em pé, a partir de produtos que são feitos por comunidades rurais e oriundos da nossa biodiversidade.”
Central do Cerrado
A união de cooperativas surgiu a partir da necessidade que os empreendimentos comunitários tinham em possuir uma estrutura física e técnica para comercializar seus produtos. A Central do Cerrado teve início em 2004, com 19 associados. A formalização veio seis anos depois. Hoje, são 35 sócios, que, juntos, oferecem uma cartela com mais de 200 itens do bioma. As atividades produtivas e sustentáveis são desempenhadas nos estados do Maranhão, Tocantins, Pará, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás. A diversidade de produtos abrange desde artigos de artesanato feitos à base de capim dourado, cosméticos naturais, até óleos de pequi, buriti e macaúba, azeite de babaçu e derivados da castanha de baru, entre outros.
O trabalho, coletivo e inovador, tem gerado bons frutos. O portfólio não se limita apenas à comercialização pontual dos produtos. A Central também dispõe de buffet para eventos. O diferencial é o menu composto por alimentos orgânicos do Cerrado. O coquetel é servido em lanches e eventos corporativos. Por enquanto, o serviço atende apenas a cidade de Brasília (DF).
As vendas e negócios da Central do Cerrado beneficiam aproximadamente dez mil famílias. O número pode aumentar nos próximos anos. “Temos como plano integrar mais organizações à Central, ampliando a quantidade de associados para atender às demandas”, detalha Luiz Carrazza.
O MDA na Rio+20
A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável ocorrerá entre os dias 13 e 22 de junho, no Rio de Janeiro. Um dos espaços que será ocupado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário será a Praça da Sociobiodiversidade. O local de 540 metros quadrados contempla 23 empreendimentos da agricultura familiar provenientes de seis biomas. O estande funcionará em parceria com o ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Ministério do Meio Ambiente (MMA) e a Conab.
Diversidade para o mundo
Durante a Rio+20, a Praça da Sociobiodiversidade e outras participações do MDA nas programações paralelas mostrarão a diversidade brasileira para o mundo, as inciativas de sustentabilidade da agricultura familiar por meio das ações da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF), e o quanto este setor é estratégico para o desenvolvimento rural sustentável no país.
"A exposição de produtos oriundos das nossas florestas, produtos orgânicos da agricultura familiar vai ser muito importante para que o público presente na Rio+20 tenha contato direto, não só vendo como experimentando esses produtos e conversando com os expositores, que são agricultores", afirma o secretário da Agricultura Familiar, Laudemir Müller. Ele aponta que o evento terá uma rica mostra de produtos (dos biomas Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica) com grande potencial de consumo e que demonstram a capacidade de gerar renda e ao mesmo tempo preservar, "usando com sustentabilidade a biodiversidade que o Brasil tem e o conhecimento tradicional do nosso país".
"O que a gente quer na Rio + 20 é mostrar essa iniciativa e fazer com que o mundo possa ter uma ideia, e a compreensão, de que o Brasil é diverso, além de dar visibilidade para o segmento da agricultura familiar, para esta identidade social diversificada no do país, que muitas vezes não é conhecida no exterior e que é tão importante para a economia, para a sociedade brasileira e para o meio ambiente", resume Arnoldo de Campos, diretor do Departamento de Geração de Renda e Agregação de Valor da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF), do Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Na Praça da Sociobiodiversidade, que acontece de 16 a 22 de junho, no Aterro do Flamengo, como parte da programação paralela da RIO +20, estarão 23 empreendimentos de povos, comunidades tradicionais e agricultores familiares, além de produtos cuja confecção é apoiada pelo projeto Talentos do Brasil (moda). A praça ficará no espaço Arena Socioambiental, das 12h às 20h.
O diretor observa que o Plano Nacional da Sociobiodiversidade promove, a partir de uma articulação de instrumentos de políticas públicas, de atores sociais, empresariais e governamentais envolvidos com a temática, "a geração de renda com a floresta em pé", a partir de produtos que são feitos por comunidades rurais e oriundos da biodiversidade brasileira.
Fonte: MDA
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