Domingo, 31 de maio de 2009 - 17h36
Com o objetivo de desenvolver e recomendar para o estado do Acre variedades de citros e acerola mais produtivas e resistentes à doenças, a Embrapa Acre (Rio Branco) e Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical (Cruz das Almas/BA), unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, executam o projeto "Procedimentos convencionais e biotecnológicos na criação e seleção de variedades de citros com ênfase em porta-enxertos adaptados a estresses bióticos e abióticos".
Iniciado em 2008, o projeto estuda matrizes de limão-cravo, laranja, tangerina e híbridos trifoleatos (resultantes de cruzamentos entre tangerina Sunki e Poncirus trifoliata), nas condições de clima e solo do estado do Acre. Esta semana, pesquisadores da Bahia e Acre realizam as primeiras avaliações do material genético implantado no campo experimental da Embrapa Acre, selecionado pelo Programa de Melhoramento Genético da Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical.
Durante a visita, que se estende até o dia 31 (domingo), também estão previstas reuniões com produtores para definição de novos parceiros para a pesquisa, além de palestras sobre a citricultura no Brasil e os avanços da pesquisa científica na área, para estudantes de graduação e pós-graduação em agronomia da Universidade Federal do Acre.
De acordo com o pesquisador Walter Soares, coordenador do Programa de Melhoramento Genético de Citros da Embrapa Mandioca e Fruticultura, a intenção é criar um sistema de produção de mudas dentro dos parâmetros de qualidade necessários e evitar que o produtor compre materiais de outras regiões. Além de oferecer variedades com maior desempenho produtivo este mecanismo evita a introdução de doenças que inviabilizam a citricultura na Amazônia.
Variedades de mesa
O trabalho envolve 32 porta-enxertos, mas ao todo serão avaliadas mais de 100 plantas, incluindo diversas variedades de citros. As variedades mais adaptadas à região servirão de matrizes para a produção de mudas do tipo vareta. Este material será enxertado com variedades copas de interesse dos produtores locais e outras variedades trazidas da Bahia. A implantação em área de produtor está prevista para o mês de outubro, quando se inicia o período chuvoso.
A produção de citros no Acre ocorre de forma pontual, concentrando-se em uma única época do ano. Conforme relata o pesquisador Givanildo Roncatto, em virtude desta sazonalidade, 70% das frutas cítricas consumidas pela população vêm de outros estados. Outra preocupação do projeto é a diversificação dos plantios, uma vez que a variedade de citros mais plantada no Acre é a laranja pêra. "Vamos recomendar para o estado novas variedades de laranja e tangerina, mais produtivas e resistentes à Gomose, principal doença dos cultivos de citros na região", afirma.
Soares explica que as variedades copas de citros, especialmente a laranja, apresentam diferentes períodos de maturação. A introdução deste material possibilitará uma melhor distribuição da fruta, ampliando a oferta do produto com safras alternadas. Outra novidade são as variedades de mesa de laranja e tangerina, indicadas para o consumo in natura e que agregam valor ao produto.
A visita dos pesquisadores ao Acre também possibilitou a ampliação da pesquisa, com a introdução de oito variedades de acerola trazidas da Bahia. A avaliação de aspectos como produtividade, qualidade do fruto (tamanho, teor de acidez e de vitamina C) e resistência à doenças permitirá ao pesquisadores selecionar e recomendar variedades mais resistentes e com melhores características produtivas.
Apelo econômico
Para Rogério Ritzinger, pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical, o maior apelo econômico de culturas como a acerola é o teor de vitamina C, em virtude dos diversos benefícios proporcionados à saúde. Em variedades comuns, a média encontrada é de 1.000mg/100g de polpa, já em variedades melhoradas, pode-se alcançar até 2.000mg. A meta do projeto é obter variedades com teores de vitamina C acima de 1.500mg/100g de polpa.
"A aceroleira é uma planta de comportamento diferenciado. Precoce e produtiva, produz durante quase todo o ano. Segundo Ritzinger, no Recôncavo Baiano, onde a fruta representa uma das principais matérias-primas da indústria de processamento, som sistema de irrigação é possível obter até 3 safras entre os meses de novembro a maio, garantindo renda para o produtor", explica.
O Brasil está entre os principais produtores de polpa de acerola, concentrando a produção nos estados do Ceará, Bahia, Pernambuco e São Paulo. Cerca de 70% da produção nacional é exportada para o Japão, Estados Unidos e países da Europa e América Central. Além de ser fonte potencial de vitamina C, a fruta também é rica em beta-caroteno, flavanóides e outras substâncias antioxidantes.
Fonte: Embrapa/ACRE
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