Sábado, 20 de fevereiro de 2010 - 16h26
Daniel Medeiros - Embrapa Rondônia
A Embrapa Rondônia, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, realiza até o final do mês de abril uma bateria de cursos sobre cafeicultura que vai atender a produtores de dez municípios do Estado. Os eventos fazem parte do Programa Mais Alimentos, do Governo Federal, e são realizados em parceria com a Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater-RO). Sistema de condução do cafeeiro, pragas, doenças e comercialização estão entre os temas abordados.
Supervisor do Campo Experimental de Ouro Preto do Oeste, área da Embrapa onde são realizados os cursos, João Maria Diocleciano explica que o calendário de eventos foi organizado de modo a atender aos produtores de café da região central de Rondônia. Além do Ouro Preto do Oeste, participam os municípios de Teixeirópolis, Nova União, Mirante da Serra, Jaru, Urupá, Vale do Paraíso, Ji-Paraná, Presidente Médici e Machadinho d'Oeste.
“O curso tem duração de um dia e cada evento é voltado a cafeicultores de um determinado município”, explica João Maria. Profissionais da Emater-RO organizam os produtores e providenciam o transporte até o Campo Experimental de Ouro Preto do Oeste. Os cursos acontecem toda quinta-feira e contam com cerca de 30 participantes.
Na teoria e na prática
O conteúdo técnico é dividido em dois módulos, um teórico e outro prático. Primeiramente são tratadas das potencialidades da cafeicultura no Estado de Rondônia. Zenildo Ferreira Holanda Filho, engenheiro agrônomo da Embrapa Rondônia e um dos organizadores do curso, explica que as condições climáticas do Estado, quente e úmido, com quatro meses de estiagem bem definida, favorecem a cultura do café conilon sob diversos aspectos.
“Não falta chuva no período produtivo, solos de média a alta fertilidade favorecem a expansão da cultura e as temperaturas médias não comprometem a frutificação: não temos problema com geada ou severas estiagens”, conclui Zenildo. O excesso de umidade, no entanto, cria um ambiente favorável ao aparecimento de doenças, principalmente as causadas por fungos.
As diferentes doenças, as pragas que atacam o café e as formas de controle também são tratados no módulo teórico do curso. Além de doenças fúngicas, a cafeicultura em Rondônia também é bastante afetada por ácaros, pelo bicho mineiro e pela broca-do-café, um besouro que se alimenta dos frutos e que pode causar grandes prejuízos econômicos. Técnicas de pós-colheita e comercialização finalizam o conteúdo teórico.
No módulo prático, os participantes visitam as lavouras experimentais da Embrapa Rondônia, em Ouro Preto do Oeste, onde é demonstrado na prática o resultado das tecnologias de condução do cafeeiro. Desbrota, poda e adubação estão entre as principais medidas para garantir alta produtividade.
A capacitação é realizada com recursos do Programa Mais Alimentos, desenvolvido desde julho de 2008 pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário. Além de oferecer uma linha de crédito diferenciada para a agricultura familiar, o programa financia projetos que contemplam galpões de armazenagem, silos, construções e maquinário para ordenha, resfriadores e correção de solo. Também são desenvolvidas atividades de transferência de tecnologia, com a participação de diversas unidades da Embrapa em todo o país.
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