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Meio Ambiente

MARINA SILVA: Proteger a Amazônia é tarefa do Brasil


 
Marina Silva e a embaixadora da Noruega, Turid Bertelsen, abrem reunião do Conselho de Meio Ambiente no Acre


A senadora Marina Silva e a embaixadora da Noruega, Turid Bertelsen Rodrigues Eusébio, fizeram ontem a abertura da reunião dos conselhos de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia Florestal e Desenvolvimento Rural e Florestal Sustentável da Amazônia. O encontro foi realizado no auditório da Seaprof e teve como um dos eixos de discussão o Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento do Acre.

Na oportunidade, Marina Silva lembrou que o Plano acreano está inspirado no Plano Nacional, tendo como base as diretrizes dos três seguintes eixos: combate às práticas ilegais, apoio às atividades produtivas sustentáveis e ordenamento territorial e fundiário. Ela enfatiza que o evento trata do apoio às atividades produtivas sustentáveis e da proteção da Amazônia, sendo que todos os Estados da região ainda têm muito que avançar.

A senadora e ex-ministra de Meio Ambiente destaca que o Estado do Acre foi um dos pioneiros a entrar no processo de luta em defesa da floresta, mesmo antes de o assunto se tornar política de governo. “Sem sombra de dúvida o Acre é pioneiro e pode aperfeiçoar e continuar contribuindo para essa agenda de juntar aquilo que de fato se pode fazer na Amazônia com cuidado, protegendo a floresta, desenvolvendo oportunidades e melhorando a qualidade de vida das pessoas”, ressalta.

Ela lembra ainda que na época de Chico Mendes, quando ocorriam os “empates” na floresta, a agenda do apoio às práticas legais surgiu pelas mãos da própria sociedade. Essas mesmas ações se transformaram em políticas públicas no âmbito do governo federal, por meio do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento.

Também de acordo com a senadora, tais práticas promoveram uma redução de quase 60% no desmatamento nos últimos seis anos, podendo contar ainda com a incorporação do Plano de Prevenção que está sendo feito não só no Acre, mas também no Mato Grosso, Pará, Rondônia e demais Estados da Amazônia.

 
Proteger a Amazônia é tarefa do Brasil

Marina Silva destaca o incentivo feito pelo governo da Noruega, por meio de doação voluntária de fundo perdido, mas ressalta que reduzir o desmatamento e tarefa do Brasil. “O Brasil iniciou esse processo como pioneiro entre os paises que têm floresta tropical. Eu negociei pessoalmente os recursos junto ao governo da Noruega quando estive lá em 2006/2007. Depois isso se tornou um programa para as florestas tropicais do planeta e eu fico muito feliz de ter contribuído”, acentua.

A senadora lembra ainda que toda a estrutura do Plano foi criada durante sua gestão no Ministério do Meio Ambiente, sendo hoje um programa de U$ 20 bilhões que vai ajudar não só o Brasil, mas também a Costa Rica, Nova Guiné, Malásia, Indonésia e os demais países que possuem florestas tropicais. “Estive recentemente na Noruega e tive novamente a oportunidade de discutir a continuidade desse programa”, acrescenta.

 
Noruega: parceira na preservação do meio ambiente

A presença da embaixadora Turid Bertelsen Rodrigues Eusébio no Acre está relacionada à agenda de apoio às atividades produtivas sustentáveis no Sul da Amazônia, para as quais o governo daquele país efetuou a doação de recursos na ordem de U$ 1 bilhão, já tendo sido liberados os primeiros U$ 100 milhões para investimentos.

Turid Bertelsen faz questão de enfatizar a parceria da Noruega com o Brasil na luta pela redução do desmatamento da Amazônia, assim como manter o cuidado com a biodiversidade da região. “Somos parceiros em vários aspectos. A Noruega é até agora o único país que contribui para o Fundo Amazônia. Também somos parceiros do Estado do Acre em outros aspectos, mas com o mesmo foco”, acrescenta.

 
Pacto pela valorização da floresta

Para o secretário de Estado de Meio Ambiente, Eufran Amaral, a reunião dos conselhos no Acre consolida o zoneamento ecológico econômico. “Hoje estamos firmando um pacto sobre a valorização da floresta. Trabalhamos em três eixos específicos, ou seja, a consolidação de cadeias produtivas sustentáveis, o ordenamento territorial e o monitoramento e controle”, relata.

De acordo com ele, o eixo mais importante é o sustentável, que vai trabalhar a inclusão sócio-produtiva e render bons frutos para o ambiente, as pessoas e a economia. “Efetivamente nós estamos caminhando para a sustentabilidade ambiental, social e econômica. Esse é um plano participativo e pactuado com todos”, destaca.

 
O que é o Plano acreano

O Plano Estadual de Prevenção de Controle do Desmatamento visa garantir reduções expressivas, consistentes e duradouras nas taxas de desmatamento do Estado do Acre, a partir do fortalecimento das capacidades do governo e sociedade para gestão ambiental e para a consolidação de uma economia limpa, justa e competitiva com forte base florestal.


Balanço do desmatamento


Estima-se que 16% da Amazônia Brasileira tenha sido desmatada nas últimas décadas, especialmente na região conhecida como “arco do desmatamento”, que abrange uma vasta área entre o sudeste do Maranhão, o norte do Tocantins, sul do Pará, norte do Mato Grosso, Rondônia, sul do Amazonas e sudeste do Acre. O Acre possui hoje cerca de 12% de sua área desmatada, o que corresponde a 1,2% da devastação da Amazônia.

Fonte: Página20

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