Quinta-feira, 9 de setembro de 2010 - 10h07
Com o foco na segurança da navegação, após três semanas de graves problemas na travessia do Abunã, único meio de ligação rodoviária de Rondônia ao Acre pela BR-364, a Marinha do Brasil - Capitania dos Portos de Porto Velho - está em alerta e ameaça interromper o tráfego de embarcações no rio Madeira, na localidade de Abunã.
O nível do rio está próximo dos 2,50 metros de profundidade, considerado o mais baixo dos últimos quatro anos, já que em 2009, no mesmo período estava com 5,50 metros. Hoje é possível observar grandes bancos de areia próximo ao canal de navegação. A empresa responsável pela navegação no local está fazendo a dragagem e um desvio emergencial, aumentando o percurso em torno de um quilômetro, até a margem oposta.
Dos 120 veículos que fazem a travessia diariamente, alguns chegaram a ter prejuízo de R$ 50 mil, impactando em torno de 30% do seu faturamento no mês. Segundo o proprietário do Auto Posto Correntão, Jarbas Soster, que transporta diariamente combustível e agregado mineral de Porto Velho para o Acre, nessas três semanas que a balsa ficou praticamente parada, levando até nove horas para a travessia ser realizada. Sua empresa, que fatura em torno de R$ 860 mil por mês, distribuindo em torno de 400 mil litros de gasolina, nesse período deixou de faturar R$ 50 mil por dia. "Qualquer perda é irreparável, principalmente no ramo que trabalho. O prejuízo não foi somente na falta de combustível, mas sim na perda de clientes, pelo fato de eu ter de dispensar algumas pessoas, aceitando somente pagamento a vista", finalizou.
Apesar de em 2005 o rio ter atingido o nível de 1,64 metros, Nereu Sebastião, empresário da Amazônia Navegação, responsável pela travessia, conta que em mais de 30 anos de atividade nunca houve a formação de tantos bancos de areia, dificultando o trafego das balsas, que em condições normais levam em torno de 20 minutos. A situação que já é preocupante pode estar sendo agravada principalmente pela atividade garimpeira na região, que contribui para o assoreamento do leito navegável. A expectativa é que a situação seja normalizada somente na segunda quinzena de outubro, quando o rio Madeira inicia o período da cheia.
Ameaça
De acordo com o delegado da Delegacia Fluvial de Porto Velho, Ubirajara Luberiaga Junior, o fato de o rio Madeira estar três metros abaixo do mesmo período do ano passado, agravou o problema na travessia da BR-364, gerando inúmeros transtornos às pessoas que necessitam utilizar este importante trajeto que liga os Estados de Rondônia e Acre. Ele acrescenta que caso o nível do rio continue diminuindo cerca de sete a dez centímetros por dia, pode haver a interrupção na travessia, com fulcro na Segurança de Navegação e a Salvaguarda da Vida Humana. "Todavia estão sendo enviados esforços junto à empresa responsável para que esta medida não se torne realidade", declarou. Encalhe
Para os caminhoneiros que costumam trafegar diariamente na região essa situação é cada vez mais complicada, já que os bancos de areia estão mais visíveis, deixando até os moradores das proximidades preocupados. Para solucionar definitivamente esse problema o proprietário da empresa responsável pela navegação está com três dragas funcionando 24 horas por dia retirando aproximadamente 150 mil metros cúbicos de areia, a fim de manter o canal nas mínimas condições de navegação aceitas pela Marinha do Brasil, evitando que novos encalhes como aconteceram diversas vezes nos últimos dias, sendo resolvidos com apoio de empurrados e rebocadores que realizaram o trabalho de desencalhe das balsas.
Ponte
Para atravessar a balsa por dia cada carro paga em torno de R$ 15, valor considerado alto na opinião da comunidade que poderia ser investido na construção de uma ponte ligando o rio de um extremo ao outro, evitando assim boa parte dos problemas que tem acontecido. Uma vez que segundo a Marinha do Brasil já foi dado à anuência desde o início deste ano ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) para a construção da mesma, que já foi licitada na modalidade de concorrência pública. A efetivação do contrato foi interrompida pelo Tribunal de Contas da União, que apontou suposto sobrepreço.
Fonte: Jornal Diário da Amazônia / Kêyla Xavier
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