Domingo, 16 de março de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Meio Ambiente

Multas da Operação Boi Pirata 2 já ultrapassam R$ 65 milhões



Alex Rodrigues
Agência Brasil


O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) já aplicou mais de R$ 65 milhões em multas desde que deflagrou, em julho deste ano, a Operação Boi Pirata 2. Com o objetivo de coibir a criação de gado em áreas desmatadas e as queimadas ilegais na Amazônia, sobretudo na Floresta Nacional do Jamanxim, no oeste do Pará, a operação visa retirar da região cerca de 15 mil cabeças de gado ilegal, o chamado "boi pirata".

Com o apoio da Força Nacional de Segurança Pública, da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Militar do Pará, os agentes do órgão lavraram 50 autos de infração, embargando mais de 15 mil hectares de área desmatada ou queimada e apreendendo mil metros cúbicos de madeira serrada e em tora, o equivalente a 58 caminhões carregados.

Onze pessoas foram presas em flagrante. Mais 17, entre elas uma grávida, foram detidas e liberadas em seguida. Entre os presos estão três fazendeiros da região norte da Floresta do Jamanxim, onde o Ibama encontrou cerca de 15 mil animais criados ilegalmente. Os agentes federais também apreenderam 22 armas, entre elas uma espingarda calibre 12, dois rifles com mira telescópica e três veículos roubados.

Para o presidente do Ibama, Roberto Messias, a operação, a exemplo da primeira, iniciada em junho de 2008, é positiva e tem um efeito moralizador. De acordo com ele, a apreensão de gado criado ilegalmente em áreas de preservação ambiental resultou, a partir da primeira operação, numa redução dos índices de desmatamento e de reincidência na região.

“A operação, como outras, está sendo positiva no sentido de mostrar que não há mais impunidade ambiental, de mostrar que aqueles [desmatadores], seja na Floresta do Jamanxim, seja em outras unidades de conservação, não ficarão mais impunes”, disse Messias à Agência Brasil, quando deixava o Ministério do Meio Ambiente, onde participou de uma reunião entre o ministro Carlos Minc e parlamentares do Amazonas para discutir as obras de restauração e pavimentação da BR-319, que liga Manaus (AM) a Porto Velho (RO).

Messias explicou que, para o Ibama, as multas têm um efeito “moralizador”, pois o órgão fica com o dinheiro que vai para o Tesouro Nacional.

“Para o Ibama, a pior coisa é aplicarmos multas porque isso significa que está havendo ilícitos. No entanto, não multar quando existe o ilícito seria ainda pior. Por isso, vamos aplicá-las sempre que elas forem cabíveis, não protegendo ninguém que esteja contra a lei, a natureza e a sociedade”, disse.

Gente de OpiniãoDomingo, 16 de março de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Governador Marcos Rocha reforça compromisso com a preservação ambiental e intensifica Operação Hileia

Governador Marcos Rocha reforça compromisso com a preservação ambiental e intensifica Operação Hileia

O governador de Rondônia, Marcos Rocha, determinou o fortalecimento das ações de fiscalização ambiental no estado, intensificando a Operação Hileia.

FIERO recebe empresa portuguesa para diálogo sobre mercado de carbono

FIERO recebe empresa portuguesa para diálogo sobre mercado de carbono

Nesta sexta-feira 14, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia, Marcelo Thomé, recebeu o diretor de sustentabilidade organizac

Rondônia Inova com Parceria Internacional para Sequestro de Carbono

Rondônia Inova com Parceria Internacional para Sequestro de Carbono

O Governo de Rondônia avança na agenda sustentável com a assinatura do Acordo de Cooperação Técnica com o CEiiA, um dos mais respeitados centros de

Governador Marcos Rocha Lidera Acordo Inédito de Crédito de Carbono em Rondônia

Governador Marcos Rocha Lidera Acordo Inédito de Crédito de Carbono em Rondônia

O Governo de Rondônia firmou um acordo de cooperação com o Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto (CEiiA), de Portugal, para mapear o est

Gente de Opinião Domingo, 16 de março de 2025 | Porto Velho (RO)