Quarta-feira, 15 de janeiro de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Meio Ambiente

Panobianco: Sistema de chuvas intensas ainda está ativo



 
O grande sistema de tempestades que devastou a Região Serrana criou uma série de trombas d'água nas montanhas. O número preciso é impossível determinar. As nuvens despejaram milhões de litros de água no alto dos morros. Essa água encharcou o solo e sobrecarregou córregos e rios. Em menos de uma hora de chuva, riachos de centímetros viraram rios com metros de profundidade, que irromperam pelas encostas tragando terra, rochas, árvores, casas e vidas.

Especialistas estimam que a velocidade da água chegou a 100km/h, o suficiente para inundar e arrastar casas em minutos. Uma vez no caminho de uma tromba d'água é quase impossível escapar. Tromba d'água, cabeça d'água - e até tsunami interior, como foi chamada este ano numa alagada Austrália -, a enxurrada tem vários nomes. E a Região Serrana reúne todas as condições para transformar uma enxurrada numa máquina de destruição em massa. As encostas são íngremes e irregulares, há centenas de pequenos córregos e rios. A chuva pode ser intensa - e o desmatamento piora tudo. Os vales são estreitos e profundos, canalizando a água e favorecendo inundações.

- É um terreno complexo, de paredões. O caminho é estreito. Isso aumentou dramaticamente a velocidade da água - explica Ernani Nascimento, professor de meteorologia da Universidade Federal de Santa Maria e especialista em tempestades.

Muita gente, pouco cuidado. Ainda assim, trombas d'águas não são excepcionais. Elas sempre existiram. O que aumentou foi o número de pessoas onde ninguém deveria morar. Não raro volumes brutais de chuva caem no mar, mas isso não chama atenção pela óbvia razão de que lá não há ninguém.

- Não é vingança da natureza. Só que não havia tanta gente antes. Há gente demais em áreas de altíssimo risco. Tempestades sabidamente são frequentes e piores em regiões de montanha. Houve uma combinação infeliz de uma chuva intensa desabar sobre uma região vulnerável e povoada, frisa Isimar de Azevedo Santos, do Departamento de Meteorologia da UFRJ.

(Fonte: De olho no tempo, com informações O Globo)
 

Gente de OpiniãoQuarta-feira, 15 de janeiro de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Juiz de Ji-Paraná reforça compromisso ambiental com o CIMCERO

Juiz de Ji-Paraná reforça compromisso ambiental com o CIMCERO

Para ampliar o monitoramento das arboviroses, orientando a execução de ações voltadas à vigilância epidemiológica, laboratorial, assistencial e ao

Sesc Rondônia recebe menção honrosa por Projeto Sustentável de Biodigestor

Sesc Rondônia recebe menção honrosa por Projeto Sustentável de Biodigestor

O Serviço Social do Comércio em Rondônia (Sesc) recebeu mais um importante reconhecimento pela inovação e compromisso com a sustentabilidade. A inst

Projeto apoiado pelo Grupo Rovema realiza soltura de quase 600 mil filhotes de quelônios no rio Guaporé em RO

Projeto apoiado pelo Grupo Rovema realiza soltura de quase 600 mil filhotes de quelônios no rio Guaporé em RO

No último domingo (15), quase 600 mil filhotes de quelônios foram soltos às margens do rio Guaporé, entre os municípios de São Francisco do Guaporé

Idesc promove conferência sobre meio ambiente urbano

Idesc promove conferência sobre meio ambiente urbano

Visando a enriquecer a V Conferência Nacional do Meio Ambiente com debates e propostas sobre as áreas urbanas e as alterações climáticas decorrentes

Gente de Opinião Quarta-feira, 15 de janeiro de 2025 | Porto Velho (RO)