Segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010 - 20h04
A diversificação das matérias primas para a produção do biodiesel é um dos principais interesses do setor agroenergético. Hoje cerca de 80% do combustível vem da soja, que apresenta como desvantagem balanço energético baixo, com rendimento menor que uma tonelada de óleo por hectare. Na busca por fontes alternativas, o dendê apresenta boas perspectivas, pois tem potencial para produzir 5 mil quilos de óleo por hectare, além de ser domesticado e estudado há anos. Na quarta-feira (3), a expansão da cultura para novas áreas foi discutida na I Reunião Técnica sobre Dendê Irrigado, realizada na Embrapa Cerrados - unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
No evento foram apresentados os primeiros resultados de uma pesquisa da Embrapa Cerrados que visa estudar o dendê fora das áreas produtoras tradicionais, que são quentes e úmidas, como a Amazônia e o sul da Bahia. A expansão da cultura para outras regiões mais secas, como o Cerrado, depende de irrigação. Segundo o secretário executivo de políticas agropecuárias do Instituto de Desenvolvimento da Amazônia (Idam), Edson Barcelos, a pesquisa sobre o dendê nessa região é inovadora, já que há muitos estudos que indicam que isso seria inviável devido à alta altitude e às temperaturas mais baixas, que causariam o abortamento dos frutos.
No entanto, os experimentos irrigados, localizados em Planaltina (DF) e Porto Nacional (TO), têm apresentado resultados surpreendentes. "Esses experimentos mudam nossa visão sobre a fisiologia do dendê", avalia Barcelos. Segundo o pesquisador Nilton Junqueira, em quatro anos de pesquisa, a planta tem-se mostrado produtiva, com a vantagem de não apresentar doenças e pragas comuns nas regiões produtoras tradicionais.
Nos experimentos irrigados em Tocantins, conduzidos pelo pesquisador Gustavo Campos, por exemplo, as plantas apresentaram inicialmente desenvolvimento das plantas e peso dos cachos semelhantes às que foram plantadas em sequeiro nas regiões tradicionais.
A partir das boas perspectivas geradas pelos resultados, os participantes da reunião técnica passaram a articular uma rede de pesquisa para ampliar os estudos. Foi proposta a criação de unidades de observação em diversos estados brasileiros. Segundo Barcelos, as ideias serão formalizadas em um projeto a ser encaminhado ao Ministério do Desenvolvimento Agrário. Para o órgão, que também foi um dos promotores do evento, a perspectiva é de, no futuro, levar o dendê para as áreas irrigadas da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e do Departamento Nacionial de Obras contra as Secas (DNOCS).
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