Quinta-feira, 20 de janeiro de 2011 - 17h08
A ocupação urbana de forma indiscriminada, com construção em áreas de risco, associada às mudanças climáticas contribuiu com a ocorrência da tragédia na Região Serrana do Rio de Janeiro. A opinião foi manifestada por especialistas que participaram nesta quinta-feira (20) da reunião da Comissão Representativa do Congresso Nacional, convocada para debater a situação por que passam os estados do Sudeste, em razão das chuvas intensas.
Na avaliação do representante da Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica (ABMS) e professor da Universidade de Brasília, André Pacheco Assis, a ocupação urbana irresponsável favorece as tragédias. O planejamento territorial urbano com mapeamento das áreas de risco e a proibição de construção nessas áreas, segundo o especialista, evitariam catástrofes. Ele também sugeriu o gerenciamento de risco e prevenção de desastre com a instalação de centros de prevenção nos municípios.
O especialista lembrou que, depois das enchentes em Joinville (SC) e dos deslizamentos em Angra dos Reis (RJ), nos últimos anos, a ABMS elaborou documentos com as causa dos desastres, e com as propostas para evitá-las. Do ponto de vista de engenharia e geologia aplicada, destacou, obras construídas e apoiadas em materiais geológicos não recomendados, associadas às atividades climáticas, poderão resultar em mais tragédias.
André Pacheco Assis garantiu que existe tecnologia disponível para minimizar as consequências das atividades climáticas, apesar de não ser possível evitá-las completamente. Ele disse ainda que algumas cidades estão integralmente situadas em áreas de risco. Por isso, devem ser usadas todas as soluções possíveis para minimizar os problemas, muitas vezes gerados pela ação humana.
- Tem solução? Tem. Há soluções técnicas para minimizar as conseqüências dos desastres. Em momento de dor, se fala muito, mas quando o sol volta e o céu fica azul, não existe ação política para evitar esse cenário - observou.
Também o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério de Ciência e Tecnologia, Luiz Antônio Barreto de Castro, defendeu o mapeamento das áreas de risco e instalação de unidades com radares e equipe de observação das condições climáticas funcionando 24 horas.
Tais unidades, associadas à defesa civil, devem alertar e retirar as pessoas de locais sujeitos a desastre. Segundo Luiz de Castro, o modelo foi utilizado em Caracas (Venezuela), onde o número de mortes em razão da ocorrência de chuva teria caído de 20 mil para 200. A proibição de construção em áreas de risco também é uma das recomendações do secretário.
Luiz de Castro alertou que cada vez mais haverá ocorrência de problemas associados ao clima, o que requer investimentos adequados. Ele disse estar "indignado" com a forma irresponsável como a tragédia do Rio de Janeiro é tratada pelas pessoas, pelas autoridades e em programas televisivos.
Fonte: Agência Senado
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