Sexta-feira, 6 de agosto de 2010 - 16h25
Oitenta toneladas de calcário foram entregues na última quinta-feira, 05, aos trabalhadores rurais da linha 15, do assentamento Joana D’Arc II. A entrega foi feita pelo secretário municipal de Agricultura e Abastecimento, José Wildes. O material foi transportado por duas carretas bi-trem com capacidade de 40 toneladas cada uma. Nessa etapa serão beneficiados com o produto, 20 agricultores, que por meio da tecnologia de incorporação do calcário, terão como recuperar o solo para poderem plantar. “Na região a acidez do solo tem uma densidade muito grande, por isso a prefeitura, em apoio a esses agricultores, trabalha a recuperação do solo para melhorar a produtividade. Pelas análises feitas com o solo no Joana D’Arc II, por exemplo, são necessárias duas toneladas de calcário para a recuperação de uma área de um hectare”, explicou o secretário José Wildes. A doação de calcário faz parte do Programa de Recuperação de Áreas Degradadas, da Prefeitura de Porto Velho.
Em toda a região que engloba os assentamentos Joana D’Arc I, II e III serão beneficiados pelo programa, 239 produtores rurais assentados nos lotes localizados nas linhas 9, 11, 13, 15 e 17. Para atingir essa meta, a Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento (Semagric) está adquirindo 478 toneladas de calcário.
Morando na região há 14 anos, o agricultor Severino Soares da Silva, 55, presidente da Associação Vida, que congrega os trabalhadores rurais da Linha 15, lembrou que nos locais onde já foi feita a aplicação do calcário, a produção aumentou, e não será diferente no caso do Joana D’Arc. “Com a recuperação do solo teremos como produzir mais e isto faz com que os agricultores permaneçam no campo e não sejam obrigados a saírem de suas terras para buscar emprego na cidade”, disse.
Correção do solo
A acidez do solo é a responsável pelo aparecimento de elementos tóxicos para as plantas, afetando negativamente a lavoura e dificultando o aproveitamento, pelas plantas, dos elementos nutritivos que existem no solo. As conseqüências são os prejuízos causados pelo baixo rendimento produtivo das culturas. “Por isso, a correção da acidez do solo, por meio da calagem, é fundamental para uma agropecuária de alta produtividade”, afirma o secretário Wildes.
O calcário é o principal produto que corrige essa acidez, sendo que a sua constituição é formada por uma rocha moída, contendo carbonato de cálcio e magnésio. De acordo com a legislação brasileira os teores de carbonato de cálcio e de magnésio dos calcários são expressos na forma de óxidos. Para poder ser comercializado, o calcário deve ter no mínimo 38% de óxido de cálcio e óxido de magnésio.
A qualidade do calcário depende principalmente do teor, do tipo de elementos que diminuem a acidez e do tempo que leva para fazer efeito no solo. Esta qualidade depende da quantidade, que é medida por um índice de porcentagem conhecido como Poder Relativo de Neutralização Total (PRNT).A correção acontece porque o calcário apresenta índice alto de PH (potencial hídrico), o que proporciona a substituição dos elementos ácidos que presentes no solo com os contidos no Calcário.
Programa
O Programa de Recuperação de Áreas Degradadas foi criado pelo prefeito Roberto Sobrinho para incorporar ao espaço produtivo do município, as áreas que deixaram de ser aproveitadas pelos agricultores e que, por conta do abandono, ficaram improdutivas transformando-se em capoeira (vegetação de arbusto). Isso acontecia porque o agricultor desmatava a floresta para fazer seu plantio e deixava de lado a terra depois que não conseguia plantar mais nada.
Com o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas a prefeitura passou a trabalhar esses terrenos para que eles possam ser reaproveitados. A medida impede que novas glebas de floresta nativa sejam desmatadas ao permitir que o trabalhador rural permaneça no local onde plantava antes. A recuperação do solo dá-se em três etapas.
Na primeira é feito o destocamento, que consiste na limpeza da área de capoeira com trator de esteira. Na segunda, é realizado o serviço de gradagem, etapa em que o solo é revolvido por tratores agrícolas para poder receber o calcário, última fase do processo de recuperação. Na última é feita a incorporação do calcário ao solo onde antes não se plantava nada por causa da falta de fertilidade. Com a aplicação do calcário é corrigido com a diminuição da acidez”, afirma.
Por meio desse processo a prefeitura de Porto Velho, só no ano passado, conseguiu recuperar quase mil hectares de áreas degradadas. E este ano, a expectativa é que 920 agricultores sejam beneficiados este ano. Além, de trabalhar o solo, outra vantagem apontado pelo secretário José Wildes, é que o programa de uma só vez consegue trabalhar o social ao manter o agricultor e sua família com um trabalho estável no campo; o econômico, com a geração de renda por meio da venda dos produtos comercializados e o ecológico, ao evitar queimadas e o desmatamento.
Fonte: Joel Elias
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