O Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb), e a Defesa Civil municipal, reativaram o Plano de Contingência da seca. O trabalho garante o abastecimento de água para a população durante o período crítico da estiagem, quando o rio Acre atinge as cotas mais baixas do ano.
O diretor presidente do Saerb, Semy Ferraz explica que o trabalho dos órgãos está focado em minorar os problemas e dificuldades que a população enfrenta no período. No caso do Saerb, especificamente, a empresa cuida de suprir as necessidades e fazer com que a população tenha o fornecimento normal.
“Esse plano prevê, num primeiro momento, quando a cota do rio se aproxima dos dois metros, e que passamos a ter dificuldade de captar água pelas torres, retiramos as bombas e colocamos os flutuantes”, detalha o gestor. Trata-se, segundo ele, de bóias metálicas que permite direcionar o bombeamento para o leito mais profundo do rio. Apesar das dificuldades da época, Semy Ferraz lembra que o processo de tratamento é o mesmo e até mais facilitado. “Nesse período de baixa no nível do rio, temos menos matérias orgânicas na água e isto faz diminuir, inclusive, o consumo de produtos químicos, o que facilita o processo de tratamento”, frisa.O diretor afirma que dessa forma é possível tranquilizar a população de que o município possui um plano estruturado para enfrentar a crise e que tal plano vem sendo aplicado e vem apresentando resultados positivos deste 2005. Esse, (2005), foi o ano em que ocorreu a última grande seca dos afluentes. Quando a capital ficou quase 200 dias sem chuva e a população sofreu de forma intensa com a alta temperatura e a fumaça das queimadas.
Seca exige economia de água - O diretor presidente do Saerb, Samy Ferraz, ressalta que no período da estiagem o consumo de água aumenta, e, muitas vezes de forma inadequada. Segundo ele, as pessoas molham plantas, lavam carros e calçadas. Ainda devido à alta temperatura, as crianças acabam brincando mais tempo nos reservatórios residenciais e fazem aumentar o consumo.
“É importante saber que além do consumo normal, existe o desperdício, que é rotineiro”, enfatiza Samy, lembrando a importância de a população combater o estrago, cuidar das torneiras vazando e colocar bóia nas caixas d’água. “Às vezes a água chega em horário que não estamos esperando e a caixa transborda, problema que seria resolvido com a instalação de uma bóia”, frisa.
Ele lembra ainda que nesse mesmo período o município retoma com mais intensidade a campanha de combate ao desperdício. “A gente ainda perde muita água em Rio Branco”, declara. O presidente acrescenta que nesse mesmo sentido, a empresa vem realizando a instalação dos hidrômetros nas residências, visando disciplina o uso, melhorar o serviço, e garantir que toda a população seja bem atendida, incluindo os moradores das áreas mais altas da cidade.
(Fotos: Val Sales)
(Fonte: Página 20) / De Olho no Tempo