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Meio Ambiente

‘Um Dia Sem Fogo’ chega ao bairro Nova Esperança, na zona leste



A Prefeitura de Porto Velho realiza nesta quinta-feira, 25, mas uma edição do projeto “Um Dia Sem Fogo”, que faz parte das ações desenvolvidas pela campanha “Queimadas Urbanas: Apague esta Idéia”, lançada em junho. A mobilização visa conscientizar a comunidade sobre os problemas que causam os incêndios provocados pela própria população, ao meio ambiente e à saúde das pessoas.

O primeiro bairro que recebeu a ação coordenada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema), foi o nacional na zona norte. O próximo a receber a equipe da Sema é o Esperança da Comunidade, na zona leste. A mobilização será no período da manhã das 07h às 11h. “Essa é uma ação que realizamos em parceria com a Base Aérea. E durante essas quatro horas vamos bater de porta em porta esclarecendo os moradores do bairro sobre os problemas que acarretam as queimadas urbanas. Vamos também fazer a distribuição de panfletos, cartazes e adesivos”, explicou a assessora técnica da Sema, Camila Azzi.

Resultados positivos

De acordo com informações do diretor interino do Departamento de Monitoramento e Fiscalização da Sema, Sílvio Luiz Santos Lins, a mobilização realizada pela prefeitura na tentativa de reduzir os focos de incêndios na área urbana de Porto Velho tem dado resultado. Só no período em que a campanha está em vigor — junho a agosto — o número de denúncias que chegaram à Sema já é superior 264,58% ao total de registros feitos no ano passado.

As denúncias são feitas pela “Linha Verde em Defesa do Meio Ambiente”, criada pela prefeitura, também conhecido como “Disk Queimadas 0800-647-1320”. As ligações são gratuitas e a pessoa que faz a denúncia, necessariamente, não precisa se identificar. “Esse é um número significativo, pois mostra uma ótima aceitação popular. E revela também outro dado. Antes a população não denunciava porque não tinha a quem denunciar. Isso ficou visível, após a ação realizada no bairro Nacional. Depois do Dia Sem Fogo realizado lá, aumentou consideravelmente o número de denúncias vindas do bairro”, revelou.

A partir da criação da Linha Verde, Sílvio Luiz adiantou que a prefeitura terá como montar um banco de dados para fazer o monitoramento da evolução das denúncias. Atualmente, não há nenhum parâmetro para se fazer uma comparação em relação ao período anterior. “Nessa questão do Nacional, os moradores afirmam que houve uma redução no número de queimadas urbanas no bairro, depois que eles passaram a denunciar. Mas cientificamente, não temos como comprovar isso, pois não há nenhum número aferido para fazermos essa comparação. Esses dados vamos ter a partir de agora”, disse.

Consequências

Sílvio Luiz lembrou que a população tem um papel decisivo na campanha, bastando para isso, deixar de lado alguns hábitos, como por exemplo, não queimando nada (folhas/galhos, capim, madeiras, lixo, papéis, móveis, calçados, roupas, cabos e fios elétricos, pneus, rejeitos de qualquer espécie, sobras etc), não acumulando folhas, capim, galhos ou rejeitos, que possam ser queimados por outras pessoas.

Também é importante colocar o saco de lixo no local correto, para a coleta, não jogar material de fácil combustão em áreas baldias, lixões, bem como em praças, ruas, calçadas, sarjetas, bocas de lobo/bueiros, margens de córregos, acostamentos etc, onde alguém poderá queimá-los. Outra observação feita por ele, é, ao invés de queimar, o morador criar o hábito de ensacar ou enterrar os rejeitos vegetais. “Queimar lixo na área urbana é crime previsto no Código de Meio Ambiente de Porto Velho. No caso de denúncia, se houver flagrante ou se a queimada provocar danos graves, o responsável será multado. O valor depende da gravidade ou do dano causado ao meio ambiente e varia de dois mil e trezentos e vinte reais a quatrocentos milhões e seiscentos mil reais.

As conseqüências das queimadas urbanas, com a emissão de fumaça no meio ambiente, são várias, entre elas os problemas respiratórios que afetam principalmente crianças e idosos e agravam a saúde de quem sofre desses males, além de aumentar a demanda nas unidades de saúde e hospitais, gerando também um colapso no atendimento ao público.

Fonte: Joel Elias
Foto: Medeiros/ Frank Néry

 

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