Segunda-feira, 27 de junho de 2016 - 08h40
Cerca de 400 anos antes da erupção do vulcão Vesúvio, na Itália, que cobriu de lava e cinzas as cidades de Pompeia, Herculano, Oplonti e Stabia, a região era habitada pelos sanitas. Essa afirmação foi confirmada mais uma vez pela descoberta do esqueleto de um jovem do século 5 a.C.
Os restos, que são de um homem de cerca de 20 anos alto e foram achados em uma tumba próxima dos muros de entrada de Pompeia, durante uma escavação realizada perto da Porta Erculano, na famosa cidade.
Os trabalhos são uma colaboração entre a Superintendência do Patrimônio Arqueológico de Pompeia e os institutos franceses de pesquisas École Francaise de Rome e Centre Jean Bérard. A descoberta foi apresentada na semana passada, durante uma coletiva de imprensa.
A tumba funerária é composta por uma caixa em lajes de calcário do século 4 a.C e por seis vasos pintados de preto, com formas elegantes, mas não decorados, o que mostra diferenciação no gosto funerário entre homens e mulheres.
Com o esqueleto, que foi encontrado de bruços, será possível identificar qual foi a causa da morte de um homem tão jovem, quais eram suas roupas e o que comia.
Este é o terceiro mausoléu encontrado na mesma necrópole. Há cerca de um ano, foi achado na mesma região outro esqueleto, de uma mulher de aproximadamente 42 anos. Entre os pertences funerários da mulher, também sanita, está um vaso com sedimentos de vinho no seu interior. Esse achado é um forte indício de que naquela época as mulheres também podiam consumir a bebida, diferentemente do que acontecia na cultura grega.
Além disso, as equipes de escavação também descobriram alguns restos mortais de cinco jovens que tentavam fugir da destruição da grande erupção do ano 79 d.C, entre eles o de uma garota, três moedas de ouro junto aos esqueletos e um pingente em forma de folha.
Todos os novos achados estão sendo estudados e, por isso, ainda não podem ser vistos pelo público.
Templo Helenístico
No Sul da Rússia, escavações arqueológicas de um monumento na região de Krasnodar, permitiram descobrir um templo helenístico construído no início do século 5 a.C. A informação é da Fundação Volnoe Delo de Oleg Deripaska, entidade que presta apoio aos cientistas do Instituto de Arqueologia da Academia de Ciências da Rússia, responsáveis pelas escavações.
Fanagoria, onde o templo foi localizado, é o maior monumento arqueológico da antiguidade russa. A cidade foi fundada em meados de século VI por colonos gregos e foi a capital de um dos estados mais antigos em território russo – o Reino do Bósforo.
As escavações em Fanagoria permitiram descobrir o templo helenístico mais antigo no território da Rússia. Os cientistas começaram estudá-lo e indicam como a data da sua construção a primeira metade do século V a.C.", informa o comunicado.
Em 2013, na parte central de Fanagoria, onde ficava a Acrópole, centro social e político da cidade, foi descoberto e estudado um templo do século V a.C. Os especialistas pensavam que esse seria o templo mais antigo helenístico encontrado na Rússia.
O comunicado diz que a área total do templo encontrado é de 14,5 metros quadrados. Era construído em tijolos crus, sem fundamento, como muitas outras construções em Fanagoria daquele tempo.
*Com informações da Agência Ansa e da Agência Lusa
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