Quinta-feira, 19 de maio de 2016 - 08h12
Chineses, alemães e britânicos estão no topo a lista dos povos que demonstram maior vontade de acolher refugiados, de acordo com a organização de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional.
Russos, indonésios e tailandeses são considerados os menos acolhedores dos 27 países analisados no Índice de Acolhimento de Refugiados (Refugees Welcome Index), que mede os níveis de aceitação pública dos refugiados.
O índice coloca os países em uma escala baseada na disponibilidade, manifestada pelos seus cidadãos, para receber refugiados em suas casas, bairros, cidades ou vilas e países. Em todo o mundo, uma em cada dez pessoas está disponível para receber refugiados na sua casa.
“Os números falam por si", disse Shalil Shetty, secretário-geral da Anistia Internacional. “As pessoas estão disponíveis para fazer os refugiados sentirem-se bem-vindos”, mas as respostas desumanas à crise dos refugiados estão “descoladas da visão dos seus cidadãos”.
O conflito na Síria, que dura cinco anos e já causou a morte de cerca de 270 mil pessoas, gerou uma crise no Médio Oriente e na Europa, à medida que as pessoas fugiam do conflito.
Na China, país classificado como o mais acolhedor, 46% das pessoas disse estar disponível para receber refugiados em sua casa.
Em segundo lugar ficou o Reino Unido, com 29% a manifestarem essa disponibilidade. Já na Alemanha, um em cada dez cidadãos afirmou que aceitaria refugiados em sua casa, 56% acolheria em seu bairro e 96% em seu país.
Na Rússia, país com a pior classificação, 61% disseram rejeitar que os refugiados tenham acesso ao seu país. Para Shetty, há “um sentimento geral de que o Ocidente não deu uma resposta” apropriada no apoio aos refugiados.
“Acredito que a população chinesa envia uma mensagem de que acolheria [os refugiados]. Claro que isto não significa que a China tenha recebido muitos refugiados, por isso é tempo de o Governo fazer algo nesse sentido”, disse à AFP.
O índice da Anistia ouviu mais de 27 mil pessoas e foi realizado pela empresa GlobeScan.
Fonte: Agência Brasil
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