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Dilma não receberá herança maldita como eu e Obama, diz Lula no G20


 
Renata Giraldi


Agência Brasil, Seul – No último dia de reuniões da Cúpula do G20 (que reúne as maiores economias do mundo), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (12), em discurso, que ao contrário dele e do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a presidenta eleita Dilma Rousseff não receberá uma “herança maldita”. Segundo Lula, a sorte de Dilma é outra porque ela ajudou a construir o que há hoje no Brasil.

“A presidenta Dilma não vai fazer discurso algum dizendo que recebeu uma herança maldita do presidente Lula porque ela ajudou a construir tudo que nós fizemos até agora”, disse Lula na reunião plenária da cúpula. Ontem (11) à noite, o presidente apresentou Dilma aos líderes mundiais como sua sucessora na Presidência da República.

“O Obama recebeu uma herança maldita, que foi uma crise financeira sem precedentes. E eu recebi uma herança maldita, que era um país andando para trás. Nossa geração não terá herança maldita”.

Segundo Lula, ao assumir o governo em 2002, não havia financiamentos para a agricultura. De acordo com ele, atualmente o país dispõe de autossuficiência e caixa em várias áreas, como gás. Ele lembrou que com a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, o país vai precisar de muitos investimentos.

Durante o discurso, Lula fez um balanço da situação econômica no Brasil. De acordo com o presidente, o país vive o “melhor momento [econômico]” das últimas quatro décadas. Segundo ele, em, no máximo, cinco anos, todas as metas do milênio definidas pela Organização das Nações Unidas (ONU) serão cumpridas no Brasil.

“O Brasil vive seu melhor momento desde 1958, há mais de 40 anos o país não vivia o momento que vive. Até 2015, o Brasil vai cumprir todas as metas do milênio, algumas delas já cumprimos”, disse.

Lula ressaltou que os efeitos da crise econômica no Brasil foram vencidos em seis meses. “A crise no Brasil durou praticamente seis meses. Depois, a economia estava praticamente se recuperando a partir de uma decisão de governo de fortalecer o mercado interno”, acrescentou.


 

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