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Estados Unidos confirmam morte de líder da Al-Qaeda



BBC Brasil

O governo americano confirmou neste sábado que o líder da Al-Qaeda no leste da África, Fazul Abdullah Mohammed, foi morto durante um tiroteio na capital da Somália, Mogadíscio.

Um dos homens mais procurados pelo FBI, ele era acusado de ter planejado os ataques contra embaixadas americanas no Quênia e na Tanzânia, em 1998. A agência americana oferecia uma recompensa de US$ 5 milhões para informações que levassem a sua captura.

“A morte de Fazul é um grande golpe para a Al-Qaeda, seus aliados extremistas e suas operações no leste da África”, disse a secretária de Estados dos EUA, Hillary Clinton.

“É um fim justo para um terrorista que trouxe tanta dor e morto para tantos inocente em Nairóbie (capital do Quênia) e Dar es Salaam (capital da Tanzânia) e em outras partes.”

A morte de Mohammed foi anunciada no início do dia por autoridades da Somália, que afirmaram que ele foi alvejado por tropas do país na quarta-feira, ao se recusar a parar em um posto de controle.

Ele se tornou o homem mais procurado da África após os ataques contra as embaixadas, que mataram 224 pessoas.

Dúvidas

Apesar das confirmações dos governo americanos e somali, a força de paz da União Africana no país contestou a identidade do homem morto. Após ter visto as fotos do corpo, um porta-voz da organização disse que a vítima não se parecia com Mohammed.

Já o grupo islâmico Al Shabaab, que controla a maior parte da Somália, disse que as notícias da morte do líder da Al-Qaeda são falsas.

Nascido nas ilhas Comoros no início dos anos 70, Mohammed teria entrado na Al-Qaeda na década de 90. Em 2002, ele teria chegado ao posto de comando das operações do leste africano e, no mesmo ano, planejou o ataque a um resort no Quênia, que deixou 13 mortos.

Nos últimos anos, ele teria lutado ao lado de membros do al-Shabab, que em 2010 declarou lealdade a Al-Qaeda.

‘Daniel Robinson’

Fontes somalis disseram à agência de notícias France Presse que Abdullah portava US$ 40 mil em dinheiro e um passaporte sul-africano com o nome Daniel Robinson.

"Nossas forças atiraram contra dois homens que se recusaram a parar em uma blitz. Eles tentaram se defender quando foram cercados por nossos homens", disse o comandante Abdikarim Yusuf à AFP, acrescentando que também foram apreendidos celulares e notebooks.

Segundo Yusuf, seu corpo foi queimado, mas uma amostra de DNA colhida logo antes foi suficiente para comprovar que se tratava de Mohammed.

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