Sábado, 12 de março de 2011 - 11h05
Agência Brasil
Brasília - Uma explosão ocorreu hoje (12) em uma usina nuclear na província de Fukushima, no Nordeste do Japão, a cerca de 250 quilômetros de Tóquio. O governo japonês já confirmou que, com a explosão, material radioativo como césio e iodo radioativos vazaram do interior da usina danificada pelo terremoto que atingiu o país ontem (11).
O governo decretou estado de emergência nuclear na região do acidente. Enquanto especialistas tentam determinar os níveis de radiação no local, milhares de pessoas receberam ordens para sair da região em um raio de 20 quilômetros da Usina de Daiichi (Fukushima 1). A Companhia Elétrica de Tóquio, operadora da usina, informou que quatro funcionários ficaram feridos na explosão.
Embora ainda não se saiba exatamente em que parte da usina a explosão ocorreu, as autoridades japonesas negam que o reator tenha sido atingida. Ainda assim, a própria agência nuclear do Japão não descarta que a detecção dos elementos radioativos possa indicar que os recipientes com combustível de urânio no interior do reator tenham começado a derreter.
Ontem mesmo o governo japonês já havia informado que os níveis de radiação dentro da Usina Fukushima 1 haviam aumentado quatro mil vezes. A pressão dentro de um dos seis reatores de água fervente na usina aumentou após o sistema de refrigeração ter sido danificado pelo terremoto. No portão da usina, a radiação aumentou oito vezes. O calor produzido pela atividade nuclear dentro do núcleo do reator necessita ser dissipado, mesmo após seu desligamento.
O estado de emergência nuclear foi declarado pelo governo japonês após o sistema de resfriamento de cinco usinas falhar e provocar o risco de um vazamento. A usina onde ocorreu a explosão, a Fukushima 1, foi uma das muitas instalações do Japão danificadas pelo forte terremoto, seguido por um tsunami, que atingiu o país.
Cidades e vilarejos inteiros foram destruídos pelo tremor de 8,8 de magnitude e por ondas de até 10 metros. Até o momento, a polícia japonesa já confirmou a morte de pelo menos 560 pessoas, mas o número não para de aumentar. Mais de 200 mil pessoas estão em abrigos de emergência
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