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Mundo - Internacional

Fórum Social Mundial vai discutir realidade africana


 

Amanda Cieglinski
Agência Brasil

Brasília - Participantes de 123 países se reúnem a partir de amanhã (6) em Dacar, no Senegal, para a 11ª edição do Fórum Social Mundial (FSM). A África e os problemas sociais enfrentados pelos povos da região deverão dominar as discussões durante os seis dias do evento. São esperados cerca de 50 mil participantes, a maioria deles de países da região.

O primeiro FSM ocorreu em 2001, em Porto Alegre, como uma alternativa ao Fórum Econômico de Davos. Desde então, o Brasil sediou a maioria das edições do evento que tem como slogan Um Outro Mundo É Possível. Em 2011, a programação vai dedicar um dia para debater exclusivamente a situação do continente africano.

“O local sempre influiu muito no tipo de discussão, até pela presença maior de pessoas daquela região. Isso é uma tradição do fórum”, explica o sociólogo Cândido Grybowsky, um dos fundadores do FSM.

Durante o chamado Dia da África e da Diáspora, marcado para segunda-feira (7), as mesas de debate vão incluir temas como crise alimentar, subdesenvolvimento, agricultura familiar, saúde, seguridades social, acesso à água e a saneamento. Mas Oded Grajew, também membro do grupo que fundou o fórum, acredita que a discussão irá se desdobrar para outros temas.

“Teremos muitos debates sobre a realidade africana, mas isso também vai levar o encontro a discutir uma série de outros temas como a distribuição de renda, a injustiça social no mundo, as mudanças climáticas. A África tem sido grande vítima dessas questões”, aponta.

Os conflitos no Egito e a questão da democracia no mundo árabe também devem ocupar espaço na agenda do fórum.

Grajew acredita que as discussões do FSM foram importantes para as “mudanças de rumo” dos quadros políticos da América Latina e a ênfase desses governos nas questões sociais. “Nas primeiras edições do fórum, o neoliberalismo já era uma das grandes discussões até ele se desmoralizar e hoje nem em Davos se fala sobre isso. Hoje a discussão é sobre um novo modelo de desenvolvimento, a questão de democracia, da governança global”, pontua.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que participou de todas as edições do FSM no Brasil, vai estar presente em Dacar. Como representante do governo brasileiro, a presidenta Dilma Rousseff vai enviar o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. Integram a equipe ainda a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, e a ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Helena de Bairros.


 

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