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Guterres diz que mudanças climáticas são a pior ameaça do mundo


 O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, advertiu, esta terça-feira, em Viena, que as mudanças climáticas são a maior ameaça que o mundo enfrenta e pediu mais ambição para as ultrapassar.

"As mudanças climáticas são uma ameaça existencial para a maioria do planeta, inclusive e especialmente para a vida dos seres humanos", disse Guterres, citado pela agência EFE, que participa na "R20 Austrian World Summit", uma cimeira sobre os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio das Nações Unidas, com destaque para o clima.

O ex-primeiro-ministro português que no seu cargo de líder da ONU enfrenta todos os dias vários problemas e desafios de um mundo complexo, mas que nenhum deles "tem tanto impacto como o das mudanças climáticas".

O dirigente insistiu que é necessário criar "uma sensação de urgência" e coordenar os esforços "enquanto ainda há tempo para limitar o aumento da temperatura abaixo de dois graus celsius e tão próximo de 1,5 quanto possível".

Não exceder esse limite é um dos objetivos que consta no acordo de Paris, aprovado em dezembro de 2015.

Guterres alertou que definir os objetivos não é suficiente e pede ambição para os implementar.

"Precisamos de uma nova revolução energética. A idade da pedra não acabou porque as pedras desapareceram do mundo. Não temos de esperar que o petróleo e o carvão acabem para acabar com a idade de combustíveis fósseis", explicou.

O secretário-geral insistiu nas perspetivas e nas oportunidades económicas para a revolução energética.

Guterres lembrou que as energias renováveis são mais baratas e que os preços caíram na última década, o que faz com que existam mais oportunidades de negócio e que a poluição do ar está a ser um enorme fardo não só para as vítimas que causa, mas também em termos económicos.

O líder da ONU alertou que as mudanças climáticas estão a mover-se mais rápido do que as ações para as combater e que, quanto mais danos se causam ao planeta, maior e mais irreversível será o impacto.

"Mas não tem de ser assim. As economias do sol e do vento estão do nosso lado", disse Guterres, que aproveitou para pedir mais colaboração aos governos e autoridades e às comunidades empresariais e investidores.

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