Dezenas de lojas foram saqueadas e cerca de 200 pessoas detidas no México em meio aos protestos contra o aumento dos preços dos combustíveis. A informação é da Agência France Press (AFP).
O aumento dos combustíveis, de até 20,1%, entrou em vigor em 1º de janeiro e, desde então, pequenos grupos de manifestantes estão impedindo a venda em alguns postos de gasolina e bloqueando algumas estradas.
Na quarta-feira (4), lojas de quatro municípios do estado do México, vizinho da Cidade do México, sofreram com arrastões e saques de pessoas em motos e até em caminhonetes.
"Com o pretexto de protestar, algumas pessoas roubaram e cometeram atos de vandaismo", disse o governo do estado do México em comunicado. Até o momento, segundo a nota, foram detidas 161 pessoas, sendo que 35 menores de idade. Na Cidade do México, 23 lojas foram saqueadas e 64 pessoas detidas.
A secretaria de Governo assegurou que a polícia da capital fará tudo para evitar novos saques e insistiu que os comerciantes abram suas lojas normalmente.
O presidente Enrique Peña Nieto disse que compreende o aborrecimento sofrido pelos cidadãos diante da situação, comentando pela primeira vez o tema em nota à imprensa.
"Compreendo o aborrecimento e a revolta que há entre a população em geral e distintos setores da nossa socieade, mas apelo à compreensão de todos", declarou, tentando explicar a decisão de aumentar os preços dos combustíveis.
De acordo com ele, não se trata de um aumento resultante das reformas no setor energético ou fiscal, e sim consequência do aumento dos preços internacionais da gasolina.