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Trump vence eleição nos EUA. Mercados desabam


Trump vence eleição nos EUA. Mercados desabam  - Gente de Opinião

247 – Confirmado: Donald Trump é o novo presidente dos Estados Unidos. O bilionário alcançou os 270 delegados às 5h35 desta quarta-feira. Com sua vitória, os mercados financeiros deverão ter, nesta quarta-feira, um dia de pânico.

Trump prometeu erguer um muro na fronteira com o México, rever acordos internacionais e colocar um freio na globalização.

Ele também deve reduzir o intervencionismo norte-americano na Síria e no Oriente Médio.

Leia, abaixo, reportagem anterior:

247 – Tido até o dia das eleições como azarão, o candidato republicano Donald Trump é o novo presidente dos Estados Unidos. Com vitórias na Flórida, na Carolina do Norte e em Ohio, estados tidos como decisivos, ele superou a democrata Hillary Clinton e abriu larga vantagem.

Às 3h30 desta quarta-feira, Trump já tinha 244 delegados contra 209 de Hillary, muito perto de alcançar a vitória final. Às 4h47, ele chegou a 265 delegados, contra 215 de Hillary, praticamente sacramentando sua vitória. Para ser o novo presidente, são necessários 270, no sistema americano, federalista, em que as vitórias estaduais significam conquistar a totalidade dos delegados de cada estado.

Os republicanos também fizeram maioria na Câmara e no Senado – o que indica que, se Hillary vencesse, ela teria grandes dificuldades para governar.

O resultado surpreendeu, uma vez que todas as pesquisas, ontem, mostravam Hillary na frente. Com isso, o índice futuro da bolsa norte-americana cai 5%. O dólar derrete, assim como moedas de países emergentes, anunciando um dia que será de extrema tensão nos mercados financeiros.

Leia, abaixo, reportagem da Reuters:

Por Emily Stephenson e Amanda Becker

Reuters - O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, se aproxima de chegar à Casa Branca com uma série de vitórias inesperadas em Estados-chave na eleição presidencial dos Estados Unidos, casos de Ohio e Flórida, abalando os mercados financeiros globais, que contam com uma vitória da democrata Hillary Clinton.

Com o temor de que uma vitória de Trump cause incertezas econômica e global, investidores saiam de ativos mais arriscados, como ações. Nas operações da madrugada, os futuros do S&P 500 caíam 5 por cento e atingiram o chamado limite de baixa, indicando que não teriam permissão para operar em patamares mais baixos até a manhã de quarta-feira.

O peso mexicano operava em seus menores patamares com o aumento das chances de uma vitória de Trump. As preocupações com uma eventual vitória do republicano pesaram sobre a moeda por meses, por causa das promessas dele de acabar com um acordo de livre comércio com o México e de taxar os recursos enviados para casa por imigrantes para pagar por um muro que pretende construir na fronteira entre os dois países.

Trump venceu na Flórida, em Ohio, em Iowa e na Carolina do Norte, e a Fox News projetou a vitória dele em Wisconsin. Com a votação encerrada em 49 dos 50 Estados norte-americanos, ele também tem uma pequena vantagem em Michigan e New Hampshire, o que dá ao republicano uma clara dianteira na luta Estado a Estado para conquistar os 270 votos no Colégio Eleitoral necessários para vencer a eleição.

Pouco depois da Fox News projetar a vitória de Trump em Wisconsin, simpatizantes do republicano começaram a gritar "prende ela" no local onde o empresário deve discursar após o resultado da eleição, em uma referência a Hillary.

A democrata ainda tem caminhos para chegar a 270 votos no Colégio Eleitoral, mas precisa vencer nos demais Estados-chave, incluindo Pensilvânia e Michigan, além de conseguir uma inesperada vitória no Arizona.

Até às 3h25 de quarta-feira (horário de Brasília), Trump tinha 244 votos no Colégio Eleitoral, contra 215 de Hillary. As emissoras de TV dos EUA haviam projetado os vencedores em 42 dos 50 Estados norte-americanos e de Washington D.C..

Trump conquistou Estados conservadores do Sul e do Meio-Oeste, enquanto Hillary ficou com vários Estados na Costa Leste e Illinois e no Meio-Oeste. Ela também venceu em Nevada e na Virginia.

Hillary reconheceu que a disputa estava inesperadamente apertada, após as pesquisas lhe darem a vantagem antes do dia da eleição. Ela usou sua conta no Twitter para afirmar: "Essa equipe tem muito do que se orgulhar. Independentemente do que acontecer nesta noite, obrigada por tudo".

Em pesquisa divulgada antes do dia da eleição, Hillary aparecia com 44 por cento da preferência do eleitorado, contra 39 por cento de Trump na última pesquisa Reuters/Ipsos. O levantamento Reuters/Ipsos Estados da Nação dava à democrata 90 por cento de chance de vencer o republicano e ser a primeira mulher eleita presidente dos EUA.

O controle do Congresso dos Estados Unidos também está em disputa na eleição desta terça. As emissoras projetaram que os republicanos manterão o controle da Câmara dos Deputados, cujas 435 cadeiras estão em disputa.

No Senado, os republicanos caminham para defender a maioria que detêm atualmente, após uma série de fracassos de candidatos democratas que desafiavam republicanos candidatos à reeleição.

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