Domingo, 5 de junho de 2011 - 13h07
Renata Giraldi*
Agência Brasil
Brasília – Com cerca de 29,1 milhões de habitantes, o Peru tem como desafios a redução da pobreza, a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores e ações efetivas de combate ao narcotráfico. O país é o segundo maior produtor do mundo de cocaína depois da Colômbia. Há estimativas indicando que o narcotráfico representa de 2,5% a 6% do Produto Interno Bruto (PIB). O Brasil e o Peru mantêm um acordo de cooperação na tentativa de conter a ação de traficantes.
Especialistas afirmam que ocorre um momento de deslocamento das rotas do tráfico por meio da fronteira da cocaína. Estudos mostram que o cultivo da folha de coca na América do Sul se concentra principalmente na Colômbia, no Peru e na Bolívia. De acordo com os dados, quando o cerco se fecha em um destes países, a rota segue em direção à outra região.
Pelos dados da Organização das Nações Unidas (ONU), as áreas cultivadas com folha de coca aumentam gradativamente no Peru. Só em 2010 aumentou em 7%. Para a socióloga Cynthia Sanborn, a questão do tráfico foi menosprezada pelos candidatos à Presidência do Peru.
Sanborn levanta suspeitas sobre a presença de dinheiro do tráfico de drogas nas campanhas presidenciais. "Os dois [Ollanta Humala e Keiko Fujimori] têm colegas de legenda e financiadores de campanha acusados de serem traficantes ou lucrarem, ainda que indiretamente, com as drogas", afirmou.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, a Lusa, e a BBC Brasil.
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