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Venezuela volta a adotar medidas de contenção de energia



Da Agência Lusa

Agência Brasil, Brasília - As autoridades da Venezuela anunciaram que adotarão medidas para reduzir o consumo de eletricidade no país. A iniciativa ocorre na sequência de uma crise no setor de energia, que começou em 2009 e agravou-se no ano passado devido à seca que afetou o país. O ministro de Energia Elétrica da Venezuela e presidente da Corporação Elétrica Nacional, Alí Rodríguez Araque, afirmou que se o consumo ultrapassar a capacidade de geração e transmissão, serão feitos cortes.

Sem revelar quais são as medidas, Araque disse que elas vão ser aplicadas rapidamente. “Trabalhamos arduamente para a instalação de mais capacidade e geração térmica e hidráulica. É indispensável que se apliquem medidas de eficiência energética porque há desperdício”, disse ele.

Segundo o ministro, o aumento de aproximadamente 6% no consumo de energia foi causado pelas altas temperaturas registradas no país. Além desse fator, de acordo com ele, os venezuelanos retomaram antigos hábitos que geram mais consumo.

Nas últimas semanas, houve registros de vários apagões que se intensificaram na frequência e duração, obrigando os consumidores a recorrer à compra de aparelhos para produzir eletricidade. Analistas insistem na existência de problemas estruturais relacionados com a distribuição de energia e investimentos insuficientes na área de produção.

Os peritos defendem também que em El Guri, a principal barragem do país, persistem falhas do passado e que foram criadas centrais termoelétricas que não podem ligar-se ao sistema nacional.

A falta de chuva agrava o baixo nível das águas do Rio Caroní, no estado venezuelano de Bolívar, que acabou afetando as barragens hidrelétricas da Venezuela, principalmente a de El Guri, responsável pela produção de 72% da energia consumida no país.

A situação levou o governo venezuelano a decretar estado de emergência em fevereiro de 2010, determinar racionamento no abastecimento e a redução no horário de funcionamento do comércio e de órgãos públicos.

Aqueles que desobedeceram as ordens para a contenção no uso de energia estavam sujeitos a multas. Em maio de 2010, Chávez suspendeu o racionamento de energia, afastando a hipótese de colapso do sistema elétrico nacional.

 

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