Quinta-feira, 3 de abril de 2014 - 12h06
Durante reunião da bancada federal com representantes das associações comerciais municipais e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio na tarde de ontem, quarta-feira (2) em Brasília, o senador Ivo Cassol reafirmou seu apoio à prorrogação do prazo para que Guajará-Mirim permaneça como Zona de Livre Comércio por mais 50 anos, mesmo prazo que deverá ser dado à prorrogação da Zona Franca de Manaus, que foi criado em 1991 e vai vencer daqui a dois anos.
Os cerca de 30 presidentes de Associações Comerciais presentes na reunião defenderam a prorrogação e solicitaram ao secretário executivo do MDIC, Ricardo Shaeffer, que não somente seja prorrogado o benefício para Guajará-Mirim como seja estendido à Nova Mamoré, que encontra-se em grande dificuldade e não tem como atrair empresas para se instalar no município (pedido que o representante de Guajará foi contra), e liberar um “duty free”, espécie de shopping onde os brasileiros poderão comprar produtos importados isentos de imposto de importação, como já ocorre em Epitaciolândia e Cruzeiro do Sul, no estado do Acre, e nos principais aeroportos quando desembarcam de voos internacionais. O “duty free” ainda depende de regulamentação para ser implantado e não tem prazo para começar a funcionar, segundo o secretário do ministério Ricardo Schaeffer.
Segundo o deputado Moreira Mendes, os líderes da Câmara fecharam acordo e deverão votar nos próximos dias a PEC que renova os benefícios para a Zona Franca de Manaus e deverá incluir a questão dos municípios que já são área de livre comércio e terão o benefício renovado.
Segundo o senador Ivo Cassol esta é uma questão de sobrevivência para os municípios que, além de estarem fora do eixo da BR-364, espinha dorsal para escoamento da produção no estado, pouco podem oferecer para atrair empresas e gerar empregos. “Eu já avisei que voto a favor da renovação da Zona Franca de Manaus desde que seja prorrogada a área de livre comércio para Guajará-Mirim por igual período. Eu estive nos dois municípios (Guajará e Nova Mamoré) na semana passada e vi de perto a situação que eles estão passando. Não é justo retirar o benefício depois de tantos anos, Guajará-Mirim não tem como arcar com este custo”, afirmou.
Fonte: Marco Antônio
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