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Enchente deixa 5.643 desalojados e 4.510 desabrigados em Ji-Paraná (RO)



Apesar do número elevado do nível das águas dos rios Machado e Urupá em Ji-Paraná que, no início da semana atingiu a média de 11,40, que deixou várias famílias desalojadas e desabrigadas, o medo de saques levou muita gente a não abandonar suas casas; Na tarde de ontem (17), com a diminuição do fluxo da água, várias pessoas já retornaram para suas propriedades. Donos de moradias que levantaram seus móveis em meio a muita água, agora rezam para que as águas continuem descendo. Na tarde de ontem, as águas do Rio Machado já havia diminuído aproximadamente 10 centímetros. Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros em Ji-Paraná, capitão Roberto Eloi de Souza, as enchentes deixaram aproximadamente 5.643 desalojados e 4.510 desabrigados, um total de 50 famílias que foram atendidas pela Defesa Civil. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população do município é de aproximadamente 113 mil pessoas e quase 10 mil foram afetadas pelas enchentes. Capitão Roberto Eloi informou que das 50 famílias atendidas pela Defesa Civil do município, a maioria foram conduzidas para casas de amigos e parentes. “Hoje o grupamento do corpo de bombeiros vem atendendo no Ginásio de Esportes Gerivaldo José de Souza, o “Gerivaldão”, devido a sede ser também tomada pelas águas do Rio Machado e divide o local com mais 12 famílias que não tinha para onde ir”, enfatizou o comandante. O morador do bairro Beira Rio, José Francisco Chagas disse que estava ainda em sua propriedade, vigiando as coisas para não serem saqueada por vândalos. “Ao lado de minha esposa, Maria Aparecida, vivo observando as canoas passarem em frente a minha casa, que fica a mais de um metro acima do nível do rio”, informou o morador. Os que tiveram que deixar suas propriedades voltam todos os dias para os bairros, entram nas águas e vão para os locais onde moravam para tomar conhecimento dos danos causados pela cheia. "Consegui tirar alguns móveis e erguer outros, mas perdi muita coisa", contou o aposentado Marcos Antonio Furtado, que teve sua casa alagada desde semana passada. As famílias atingidas pelas enchentes do Rio Machado estão voltando para casa após o nível do rio baixar. Com isso, enfrentam riscos de contaminação. Cerca de 25 mil pessoas chegaram a ficar fora de casa no Estado. Parte da população está retornando às moradias que foram inundadas antes de fazer a desinfestação. Uma campanha de tratamento médico foi organizada pela Secretaria Municipal de Saúde em Ji-Paraná para evitar surtos de doenças. Conforme informações da assessoria de imprensa da Semusa, uma equipe de enfermeiros está, desde a última segunda-feira (15), prestando atendimento às famílias. “A equipe atendeu três crianças que estavam com problemas de saúde e outra com um conte no pé e mais dois adultos que passaram mal por terem perdido quase todos seus pertences na enchente”, informou a assessoria. Cuidados necessários para evitar doenças após enchente A Vigilância Sanitária alerta a população atingida pela enchente do Rio Machado para os cuidados a serem tomados com os alimentos que tiveram contato com as águas da enchente. Após as águas baixarem, deve-se proceder à limpeza da lama residual das enchentes e à desinfecção de domicílios com solução de água sanitária (hipoclorito de sódio), a qual mata as leptospiras, diminuindo de maneira considerável as chances de infecção pela mesma. As pessoas devem permanecer o menor tempo possível em contato com as águas. Se isso não for possível, mãos e pés devem ser protegidos por botas ou luvas. Em último caso, sacos plásticos reforçados podem garantir a proteção. Além da água, as lamas das enchentes têm alto poder infectante. Por este motivo, a proteção também é necessária para a sua retirada. Para a desinfecção, basta adicionar um copo de água sanitária em um balde com 20 litros de água limpa e aplicar a mistura nas superfícies afetadas. O ideal é que esta mistura possa agir no local por pelo menos 30 minutos. A lavagem com água e sabão só deve ser feita depois que toda lama for retirada. É muito importante, também, o cuidado com os alimentos, pois quando entram em contato com as águas de enchentes, podem ficar contaminados. Todo alimento que ficou submerso ou molhado não deve ser consumido, ainda que esteja em embalagem plástica ou enlatado. Os alimentos perecíveis que ficaram fora da refrigeração também não devem ser consumidos, principalmente se apresentarem alteração de cor, odor ou consistência. Caso tenham tido contato com a água da chuva, não podem ser ingeridos. Outra orientação importante é jamais permitir que crianças brinquem nas águas das enchentes para evitar que elas fiquem seriamente doentes. Os animais peçonhentos também podem surgir depois das inundações. É importante ficar atento, sobretudo em locais onde há entulhos. 

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Fotos: Ana Lucia - Etiene Gonçalves
Fonte: De olho no tempo, com informações Correio Popular de Rondônia

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