Terça-feira, 12 de agosto de 2014 - 13h37
Com apenas duas funcionárias, o órgão não consegue atender a demanda. Muitos consumidores nem sequer procuram reclamar devido a precariedade no atendimento
Quem precisa de atendimento do Procon em Ji-Paraná pode desistir de reclamar seus direitos. As 10 senhas disponíveis aos consumidores acabam antes das 09h. A demanda é, pelo menos, o dobro dos atendimentos oferecidos pelo órgão. Segunda a gerente, Elaine Garcia, a equipe não é suficiente para atender o publico. São duas funcionárias, uma gerente (a própria) e uma atendente.
O consumidor José Carlos de Arruda compareceu ao Proncon de Ji-Paraná, localizado no Shoping Cidadão, retirou a senha de numero 10 as 08h40, a última disponível, e as 12h00 ainda não tinha sido atendido. Ele queria reclamar de um eletrodoméstico com defeitos que comprou em uma loja da cidade. “Perdi a manhã inteira para reclamar um direito. Nem sei se vai compensar o transtorno”, queixa-se José Carlos.
Queixas iguais a de José Carlos são muitas, e a maioria delas nem sequer conseguem chegar nas estatísticas do órgão fiscalizador – as pessoas desistem de seus direitos diante da falta apoio do Procon. A própria gerente, Elaine, disse que é preciso conscientizar os consumidores sobre a importância de se fazer reclamação, porém não ofereceu condições para isso. Segundo ela, há uma promessa do governo em ampliar o quadro de funcionários, mas não soube definir datas.
Os consumidores de Ji-Paraná estão mesmo “no mato sem cachorro”. A quem reclamar de falta de atendimento em um órgão fiscalizador de maus atendimentos? Caberia uma interdição do Ministério Publico?
Fonte: Comunicare Organizações LTDA / Dejanir Haverroth
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