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A Camisa Amarela da Seleção Brasileira: Símbolo de História e a Polêmica da Nova Camisa Vermelha


A Camisa Amarela da Seleção Brasileira: Símbolo de História e a Polêmica da Nova Camisa Vermelha - Gente de Opinião

Com asco, tomei conhecimento de inopino, pela mídia, dia 28.04.2025, de uma notícia que me causou grande estranheza e preocupação:

A nova camisa reserva da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2026 será vermelha. Como assim?

Onde fica o respeito às nossas tradições e ao legado do nosso Rei do Futebol, Pelé? O maior jogador do mundo de todos os tempos, que vestiu com orgulho a amarelinha tetracampeã, assim como Garrincha e tantos outros ídolos que deram suas vidas pela nossa seleção?

Assegura o Estatuto, da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) que trata sobre as cores da camisa da Seleção Brasileira, ou seja  o artigo 13, inciso III, do Capítulo III do estatuto da entidade, que os uniformes da Seleção Brasileira, devem obedecer às cores existentes na bandeira da CBF, que são azul, amarelo, verde e branco.

Porém em casos excepcionais, para o uso de outras cores ocorre apenas em casos de modelos comemorativos, que precisam ser aprovados pela diretoria da CBF, a saber (...)
“III – os uniformes obedecerão às cores existentes na bandeira da CBF e conterão o emblema descrito no inciso II deste artigo, podendo variar de acordo com exigências do clima, em modelos aprovados pela Diretoria, não sendo obrigatório que cada tipo de uniforme contenha todas as cores existentes na bandeira e sendo permitida a elaboração de modelos comemorativos em cores diversas, sempre mediante aprovação da Diretoria

A cor amarela da camisa titular é um símbolo nacional, carregado de história, conquistas e identidade. A camisa azul sempre foi a cor tradicional da camisa reserva, com exceções pontuais para campanhas específicas, como a camisa preta usada em ação contra o racismo em 2024.

A mudança de inopino para o vermelho, uma cor que não está presente na bandeira do Brasil nem no estatuto da CBF, que determina que os uniformes devem seguir as cores da bandeira nacional (verde, amarelo, azul e branco), quebra uma tradição histórica e pode ferir o regulamento interno da entidade.

Além disso, a nova camisa, dizem, terá o selo da marca ligada ao astro do basquete substituindo o tradicional logo da atual, fornecedora oficial desde 1996.

Em que pese a inovação e o marketing façam parte do esporte moderno, é fundamental que não percamos de vista o respeito e a valorização dos símbolos nacionais que representam nossa história e orgulho.

Senhores, a Seleção Brasileira é muito mais do que um time de futebol; é um símbolo da nossa identidade, cultura e paixão.

A camisa amarela é um ícone que carrega as glórias de Pelé, Garrincha, e de todos os campeões que vestiram a amarelinha com honra. Alterar suas cores de forma tão radical sem um motivo comemorativo claro pode ser visto como um desrespeito a esse legado.

“Viva a independência e a separação do Brasil. Pelo meu sangue, pela minha honra, pelo meu Deus, juro promover a liberdade do Brasil. Independência ou Morte!”  Frase histórica de D. Pedro I, em 7 de setembro de 1822, às 16:30hs. 

Trata-se da principal data a ser celebrada por todos nós brasileiros, oportunidade de sair as ruas,   desfraldando a  nossa Bandeira Nacional, hasteá-la, bem como   colocar na frente de cada residência para demonstrarmos o nosso respeito,  nosso sentimento patriótico, pela nossa Pátria Amada, enfim, o nosso alto Espírito de Brasilidade.

Segundo os historiadores, a bandeira nacional foi instituída em 19 de novembro de 1889, quatro dias depois da Proclamação da República. Ela foi inspirada na bandeira do Império brasileiro.  A cor verde representa a Casa de Bragança, da família real portuguesa, e a cor amarela representa os Habsburgos, a família da imperatriz Leopoldina. (...)

Mister se faz explicitar que os nossos símbolos e hinos são manifestações gráficas e musicais, de importante valor histórico, criadas para transmitir o sentimento de união nacional e mostrar a soberania do país.

Segundo a Constituição Federal, Promulgada em 1988, os quatro símbolos oficiais da República Federativa do Brasil são a Bandeira Nacional, o Hino Nacional, o Brasão da República e o Selo Nacional. Sua apresentação e seu uso são regulados pela Lei n. 5.700 de 1º de setembro de 1971. 

Está insculpido em nossa Carta Magna art. 13 § 1º: São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais

Peço vênia” inserir aqui a letra do HINO DA INDEPENDÊNCIA, letra de Evaristo da Veiga e música de D.Pedro I. 

“Já podeis da Pátria  filhos/ Ver  contente  a  Mãe  gentil/ Já  raiou  a  Liberdade/  No  Horizonte  do  Brasil/  Já  raiou  a  Liberdade/  Já  raiou  a  Liberdade/ No  Horizonte  do  Brasil (Refrão) Brava  Gente  Brasileira Longe  vá,  temor  servil/  Ou ficar  a  Pátria  livre, Ou morrer  pelo  Brasil. Ou ficar a  Pátria  livre/ Ou morrer  pelo  Brasil”.

(...).

Vamos respeitar a Seleção Brasileira que conquistou o tetracampeonato mundial na Copa do Mundo de 1994, realizada nos Estados Unidos, que contou com os seguintes jogadores:
Goleiros: Taffarel, Zetti, Gilmar,
Zagueiros:
Aldair, Márcio Santos, Ricardo Rocha, Ronaldão,
Laterais:  Branco, Cafú, Jorginho, Leonardo,
Meio-campistas:  Dunga (capitão) Mauro Silva, Mazinho, Zinho, Raí,  Paulo Sérgio, Evandro Mota, Júnior.
Atacantes: Bebeto, Romário (principal destaque da campanha),
Müller, Ronaldo, Viola
Comissão técnica:
Técnico: Carlos Alberto Parreira
Auxiliar técnico: Zagallo

Vamos respeitar nossos campeões olímpicos, nossos ídolos, Ayrton Senna, Nelson Piquet, Emerson Fittipaldi, e tantos outros brasileiros que honraram o país em diversas modalidades esportivas, como Gustavo Kuerten no tênis, Thiago Braz no atletismo, e a seleção de vôlei que tantas vezes nos encheu de orgulho.

Portanto, a camisa amarela da Seleção não é apenas um uniforme; trata-se de um símbolo de história, paixão e conquistas que representam a garra e o orgulho de sermos brasileiros.

Ela carrega a memória de vitórias inesquecíveis, de lendas do futebol e do espírito de superação que nos une. Por tudo isso, exposto, devemos valorizar e respeitar essa tradição, reconhecendo que o verdadeiro valor do esporte está no esforço, na dedicação e no amor à nossa pátria amada.

Destarte   torna-se imperioso que a Confederação Brasileira de Futebol, - CBF, e os responsáveis pela escolha do novo   uniforme tenham um pouco de lucidez e respeito pelos nossos Símbolos Nacionais, reflitam sobre a importância de preservar nossos símbolos, incluindo a camisa da seleção canarinho, que representa o Brasil para o mundo.

Vasco Vasconcelos, escritor, jurista, jornalista, administrador, compositor e abolicionista contemporâneo
Brasília-DF 

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