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A crise de valores


Por Humberto Pinho da Silva 
 

Um dos erros da nossa sociedade é não conseguir transmitir valores.

É confrangedor contestar que filhos de famílias católicas, desconhecem o Evangelho, e até para que servem os sacramentos.

Assim acontece, porque os pais deixaram de cuidar da formação moral e espiritual das crianças.

Pensam que basta dar-lhes conforto, liberdade e punhado de euros, para gastarem em guloseimas, e convivência com colegas, para serem felizes… mas não há felicidade sem Deus.

 Esquecem que a educação da alma, começa em verdes anos, no despertar da vida, plasmando o carácter, preparando os filhos para diferenciarem: o certo do errado, o bem do mal.

Assim se enraízam hábitos, condutas, que irão pautar sua maneira de comportar-se na sociedade.

Julgam, outro, que matriculando-os na catequese é suficiente. Delegam a educação religiosa à paróquia, do mesmo modo que entregam, à escola, o ensino de regras de civilidade e conceitos morais.

Sem catequese familiar, ensino bíblico e leituras que edifiquem e narrem vidas exemplares, pouco vale entregarem os filhos, a catequistas, por mais que estas se esforcem, porque lhes falta o exemplo dos pais.

Também há progenitores que erradamente declaram com ares catedráticos:

- “Por ora educo os meus filhos, sem incutir crença; quando crescerem escolherão.”

O resultado é as crianças crescerem despreparadas, com hábitos e atitudes que lhes dificultarão raciocínio lúcido, porque falta-lhes bitola, que permita enveredar pela rectidão, no momento de decidirem.

Assim muitos jovens e adultos buscam a Verdade por atalhos, visto desconhecerem a existência do Caminho.

Ora o caminho é Cristo, e é na Bíblia, na leitura, mormente do Novo Testamento - manual de instrução do cristão, - que se encontram as respostas às dúvidas que a vida levanta.

Devido ao desleixo das famílias e à falta de bons exemplos, é que muitos adolescentes, escorregam, e perdem irreparavelmente a alma e o corpo.

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