Sábado, 21 de outubro de 2017 - 19h28
Convocada pela Ameríndia, 46 teólogos e teólogas da América Latina e do Caribe que se reuniram na Universidade Ibero-americana de Puebla (México) por três dias (12 a 14 de outubro), com o objetivo de analisar, com um olhar de fé, o momento histórico do continente, “redescobrir as fontes mítico-proféticas e metodológicas da teologia da libertação que podem produzir uma mudança sistémica e uma renovação eclesial a partir da sinergia intergeracional”.
A reunião contou com a presença de vários dos mais reconhecidos teólogos da teologia da libertação, como Leonardo Boff (Brasil), Pablo Richard (Chile, Costa rica), Vitor Codina (Bolivia), Pedro Trigo (Venezuela), Marcelo Barros e Margot Bremer (Paraguai), Juan Hernandea Pico (El Slavador), Juan José Tamayo (Espanha) e Diego Irrazával (Chile), entre outros, junto com alguns teólogos que abriram a reflexão libertadora para novos cenários e assuntos, entre os quais se encontravam Silvia Regina da Silva (Brasil/ Costa Rica), Sofía Chipana Quispe (Bolivia), Agenor Briguenti (Brasil), Pablo Bonavia (Uruguai), Socorro Martinez (México), Marta Zechmeister (El Salvador), Juan Manuel Hurtado (México), Alirio Cáceres (Colombia), Alfonso Murad (Brasil), Socorro Vivas (Colombia), João Décio (Brasil), Isabel Iñigues (Argentina), Elio Gasda (Brasil), Francisco Reyes (Costa Rica).
A maior novidade do encontro – concebido como uma sementeira que busca desencadear processos de reflexão teológica libertadora, a partir das novas resistências e esperanças que se registram na América Latina – foi a sua característica intergeracional e a metodologia horizontal, o que possibilitou a interação e a construção coletiva entre os teólogos da libertação da primeira e segunda geração, sendo que estava presentes um número significativo de jovens teólogos que abraçaram o legado.
Da nova geração de teólogos da libertação estavam presentes Geraldina Céspedes Ulloa (Guatemala/ República Dominicana), Alejandro Ortíz (México), Aquino Júnior (Brasil), Francisco Bosch (Argentina), Paola Polo (Perú), Tirsa Ventura (República Dominicana), Carlos Eduardo Cardoso (Brasil), Larry Madrigal (El Salvador), Benjamín Schaw (El Salvador), Daniel Souza (Brasil), Hérbert Álvarez (Guatemala)…
No lugar das grandes conferências magistrais – próprias nos congressos e cursos – este primeiro encontro intergeracional, com o sugestivo título “a força dos pequenos”, proporcionou o diálogo e a construção conjunta, por meio de painéis, conservatórios e ‘mingas’ o ‘tequis’ teológicos (pequenos grupos de trabalho para discernir os desafios contemporâneos no trabalho teológico libertador).
“Sentíamos a necessidade de ter um espaço onde dialogar, conversar, inclusive discutir, num ambiente fraterno/sororal, sob aqueles temas, realidades, conflitos, dúvidas, esperanças e utopias que temos aqueles que optamos pelos pobres, mesmo a partir de diferentes lugares e idades”, assim expressou Pablo Bonavía, coordenador do observatório eclesial de Ameríndia.
Em relação com a geopolítica da esperança e a tradição libertadora na América Latina, os participantes se questionaram sobre como teria que se fazer a teologia hoje e no futuro para discernir a dimensão teologal dos processos sociais.
Como resultado deste exercício coletivo, os teólogos da libertação, se deram a tarefa de construir uma agenda de trabalho para os próximos anos, em nível de produção teológica, articulações e meios de difusão, à qual será concretizada nas próximas semanas, com a pretensão de dar continuidade ao processo iniciado neste encontro e apoiar decididamente a reforma eclesial do Papa Francisco.
Como rede, Ameríndia sente-se parte da profunda tradição do cristianismo de América Latina e Caribe, que encontrou à sua expressão eclesial mais reconhecida na opção pelos pobres. Tradição esta que deu um passo decisivo: redescobrir a força transformadora do pequeno e dos pequenos.
Fonte: http://www.vidanuevadigital.com/2017/10/16/teologos-la-liberacion-construyen-una-nueva-agenda-sinergia-intergeneracional/
Tradução: Marta Bratti MC
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