Sexta-feira, 18 de abril de 2014 - 14h14
Dom José Alberto Moura
Arcebispo de Montes Claros (MG)
Apesar de um aparente pessimismo de um mundo melhor, devido à realidade de tantos desmandos, injustiças, males e desacertos humanos, como o trafico e exploração de pessoas, políticos e políticas nem sempre acertadoras no benefício à coisa pública, felizmente o bem vence. Este é potencializado e fundamentado naquele que, da cruz e sepultura, ressurgiu vitorioso. Com ele os pequenos ganham vez. Os pobres são promovidos. A vida tem sentido. A morte é superada. Os sofrimentos são instrumentos de regeneração. O Evangelho se torna fermento e luz. Todos podem enxergar o rumo novo trazido pelo caminho que leva à vida plena. Não à toa Paulo lembra que a liberdade surge com Aquele que nos torna livres: “É para a liberdade que Cristo vos libertou” (Gálatas 5,1).
A Páscoa de Jesus sustenta toda sua missão, razão de seu envio pelo Pai. Afinal, Ele nos prova estar acima até da morte. Fundador de religião nenhum é capaz de vencer a morte e dar condição de alguém extrapolar a condição de ser terreno para a vida com o Divino! A superação da morte é o maior desafio humano. Quanta coisa se faz na vida presente! Quanto dinheiro acumulado e, até mesmo diplomas, projeção pessoal, conforto material, projetos mirabolantes, construções intermináveis, mansões construídas, planos de vida para a terra, pensados na vida eterna aqui! Tudo, porém, é passageiro. A morte, a sepultura e a vida presente estão só presentes na dimensão desta história! Com a ressurreição do Mestre tem sentido tudo na terra, se for realizado no caminho dele, o de amor, doação, justiça, oblatividade, misericórdia, perdão e colaboração com a superação de todo mecanismo de morte e exploração do semelhante, principalmente dos mais deixados de lado no convívio social!
De ora em diante a morte não é a última palavra e sim a vida. Paulo diz: “Quando Cristo, vossa vida, parecer em seu triunfo, então vós aparecereis também com ele, revestidos de glória” (Atos 10, 4). O mesmo apóstolo afirma que seremos semelhantes a Cristo também pela ressurreição (Cf. romanos 6,5). Desta maneira, nossa vida, quando vivida no seguimento ao Filho de Deus, torna-se plenamente realizadora, na certeza de termos o resultado do sacrifício feito para darmos nossa vida pelo bem do semelhante. É como adquirirmos a caução pelo investimento feito em bem de um tesouro para todo o sempre. Já nesta vida somos agraciados pelo bem estar de realizarmos com entusiasmo e alegria nosso trabalho, sabendo do bem que fazemos e do tesouro acumulado com esse resultado. É o mesmo que vivermos uma Páscoa diuturna, realizando a renúncia pelo bem realizado e tendo a certeza da vitória com o resultado conquistado. Nada é motivo de decepção na dinâmica do amor vivenciado, com o esforço da promoção do bem do próximo e da comunidade.
A Páscoa de Jesus nos seja a base para a realização de um projeto de vida novo, com a novidade da certeza da vitória com Ele! Somos estimulados a ajudar os outros a também viverem essa Páscoa para a alegria de todos!
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