Terça-feira, 26 de novembro de 2024 - 11h06
Para a pessoa falar ou gesticular sozinha num
palco para o público é um dos maiores desafios que a consome por dentro. É
inevitável expressar insegurança e o medo dos julgamentos dos outros. Bem como,
a existência dos sintomas físicos por meio de tremores, suor frio, dor de
barriga e o esquecimento do que deverá falar público. É fácil falar em
público?
Certamente para quem tem as condições e
disposição pode ser muito tranquilo e confortável. Mas, esta é uma reflexão que
todo ser humano deveria fazer, antes de querer impor sua vontade sobre as
pessoas que tem dificuldades. Deve-se entender que para muitas pessoas, não é
fácil. Só ela sabe o que enfrenta para estar diante de outras pessoas.
Logo, visivelmente, a linguagem corporal
transmite mensagens que ele jamais gostaria de enviar para os outros.
Quando a pessoa é convidada para falar diante
de uma plateia, não importa o tamanho, ela percorre uma longa batalha mental,
até chegar ao palco. Ela entra em conflitos com os seus próprios medos, respira
insegurança, complexo de inferioridade e baixa estima.
Nesse momento a mente é inundada por emoções
intensas e profundas, as quais fazem o corpo transbordar por meio de variadas
mensagens diversas significações. Por este motivo, a comunicação transmitida
pelo corpo, não corresponde com a comunicação desejada.
Ainda sobre esta inundação emocional, se
erguem também muitos traumas passados, resultado de frustrações que vieram das
experiências negativas anteriores. Essas ocorrências vêm com força total e
dialogam exatamente no momento no qual ela ficará exposta. Como lidar com os
traumas passados que impactam até os dias de hoje?
Neste momento, muitas pessoas travam,
paralisam e não conseguem se levantar da cadeira ou sair do ponto onde se
encontra para encarar o público. Nesses momentos, suave e serenamente incentive
com tom de apoio para que ele possa se sentir segura e de fato apoiada, pois,
se quem estiver ao lado expressar falas contrárias, fortalecerá as dores e
possa ser que ative sérios conflitos podendo lança-la ao isolamento social ou
depressão. Quem é que sabe das histórias individuais de cada um?
Não se pode forçar ser humano a nada, devemos
buscar apoiá-los com espírito de equipe, sensatez e disposição, você não sabe
como é difícil para esta pessoa que só ela sabe o que enfrentou para pelo menos
estar onde se encontra. É muito importante que cada ser humano, observe no
outro com profundo respeito, no ambiente de trabalho, na família, no
relacionamento e outros. Repito, se você não pode ajudar, não aumente a dor
da outra pessoa, você não faz ideia de onde e como ela está se sustentando para
pelo menos estar naquele local.
A linguagem corporal da pessoa que tem medo
de falar em público se mostra com notada sutiliza – os passos inseguros, a voz
tremula, o olhar para chão, para o teto ou para o nada. Assim como no ambiente
de estudo ou trabalho, se for numa igreja, respeite os limites dela, possa ser
que não será a sua fala arrogante ou impositiva que fará ela fluir com
naturalidade. Quem nunca viu uma pessoa no palco como se estivesse forçada a
estar naquela posição?
A linguagem corporal é o meio pelo qual o ser
humano torna-se exposto em seu primeiro contato, por conta deste motivo é dito
que a primeira impressão é a que fica, exatamente por ser o cartão de
apresentação de qualquer ser humano. Sendo assim, falar em público coloca em
evidência muitas qualidades e defeitos de quem se posiciona perante a plateia.
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