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A linguagem corporal e o medo de falar em público


Uemerson Florencio - Gente de Opinião
Uemerson Florencio

Para a pessoa falar ou gesticular sozinha num palco para o público é um dos maiores desafios que a consome por dentro. É inevitável expressar insegurança e o medo dos julgamentos dos outros. Bem como, a existência dos sintomas físicos por meio de tremores, suor frio, dor de barriga e o esquecimento do que deverá falar público. É fácil falar em público?

 

Certamente para quem tem as condições e disposição pode ser muito tranquilo e confortável. Mas, esta é uma reflexão que todo ser humano deveria fazer, antes de querer impor sua vontade sobre as pessoas que tem dificuldades. Deve-se entender que para muitas pessoas, não é fácil. Só ela sabe o que enfrenta para estar diante de outras pessoas.

 

Logo, visivelmente, a linguagem corporal transmite mensagens que ele jamais gostaria de enviar para os outros.

 

Quando a pessoa é convidada para falar diante de uma plateia, não importa o tamanho, ela percorre uma longa batalha mental, até chegar ao palco. Ela entra em conflitos com os seus próprios medos, respira insegurança, complexo de inferioridade e baixa estima.

 

Nesse momento a mente é inundada por emoções intensas e profundas, as quais fazem o corpo transbordar por meio de variadas mensagens diversas significações. Por este motivo, a comunicação transmitida pelo corpo, não corresponde com a comunicação desejada.

 

Ainda sobre esta inundação emocional, se erguem também muitos traumas passados, resultado de frustrações que vieram das experiências negativas anteriores. Essas ocorrências vêm com força total e dialogam exatamente no momento no qual ela ficará exposta. Como lidar com os traumas passados que impactam até os dias de hoje?

 

Neste momento, muitas pessoas travam, paralisam e não conseguem se levantar da cadeira ou sair do ponto onde se encontra para encarar o público. Nesses momentos, suave e serenamente incentive com tom de apoio para que ele possa se sentir segura e de fato apoiada, pois, se quem estiver ao lado expressar falas contrárias, fortalecerá as dores e possa ser que ative sérios conflitos podendo lança-la ao isolamento social ou depressão. Quem é que sabe das histórias individuais de cada um?

 

Não se pode forçar ser humano a nada, devemos buscar apoiá-los com espírito de equipe, sensatez e disposição, você não sabe como é difícil para esta pessoa que só ela sabe o que enfrentou para pelo menos estar onde se encontra. É muito importante que cada ser humano, observe no outro com profundo respeito, no ambiente de trabalho, na família, no relacionamento e outros. Repito, se você não pode ajudar, não aumente a dor da outra pessoa, você não faz ideia de onde e como ela está se sustentando para pelo menos estar naquele local.

 

A linguagem corporal da pessoa que tem medo de falar em público se mostra com notada sutiliza – os passos inseguros, a voz tremula, o olhar para chão, para o teto ou para o nada. Assim como no ambiente de estudo ou trabalho, se for numa igreja, respeite os limites dela, possa ser que não será a sua fala arrogante ou impositiva que fará ela fluir com naturalidade. Quem nunca viu uma pessoa no palco como se estivesse forçada a estar naquela posição?

 

A linguagem corporal é o meio pelo qual o ser humano torna-se exposto em seu primeiro contato, por conta deste motivo é dito que a primeira impressão é a que fica, exatamente por ser o cartão de apresentação de qualquer ser humano. Sendo assim, falar em público coloca em evidência muitas qualidades e defeitos de quem se posiciona perante a plateia.

 

* Uemerson Florêncio – (Brasileiro) Empreendedor. Treinador, palestrante e correspondente internacional de opinião para 13 países em 4 continentes, onde expõe sobre a análise da linguagem corporal, gestão da imagem, reputação e crises. 

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