Segunda-feira, 27 de abril de 2015 - 20h36
Parece que não será fácil o poder público municipal, nesse momento de crise que o Brasil vive, colocar de forma imediata novas empresas na prestação do transporte coletivo público de Porto Velho. Na última sexta-feira, o prefeito Mauro Nazif (PSB), reuniu sua equipe jurídica, secretários e anunciou o fim da concessão dos serviços com as atuais empresas que prestam serviço ao município. Na coletiva, justificou a necessidade da renovação da frota e o aumento da quantidade de ônibus.
Sem dúvida, sempre haverá necessidade da melhoria do transporte público oferecido à população de Porto Velho e outras capitais. Por outro lado, a tarifa não sofre reajuste há dois anos. O prefeito, por diversas vezes, chegou a dizer na imprensa logo nos primeiros meses de mandato que não reajustaria o valor da passagem enquanto as empresas não promovessem investimentos em sua frota e nos abrigos. A iniciativa ganhou apoio da população, que sem dúvida, sempre vai cobrar melhoria na qualidade do serviço que é oferecido à comunidade.
Ocorre que de lá pra cá, o preço do diesel teve sucessivos aumentos. A inflação também foi carrasca com o transporte público. Peças e acessórios utilizados nos veículos também foram reajustadas, complicando ainda mais futuros investimentos na frota. Este ano, os escândalos ocorridos na Petrobras com a operação “Lava Jato”, resultaram no desvio de milhões de recursos dos cofres da estatal. O valor desviado acabou atingindo diretamente o consumidor e empresários que dependem na gasolina e do diesel.
Algo em torno de 200 empresas estão prestando serviço atualmente à população de Porto Velho. Ainda na gestão do ex-prefeito Roberto Sobrinho, empresas colocaram novos ônibus com ar-condicionado. O investimento foi altíssimo, mas a própria comunidade contribuiu para danificar os equipamentos. Pode ser ainda mais difícil, da noite para o dia, colocar a mesma quantidade de ônibus nas ruas da capital. Por outro lado, Porto Velho ainda passa por um período do inverno amazônico, o que complica ainda mais a vida do Poder Executivo Municipal na recuperação de vias públicas onde transitam os ônibus.
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