O Domingo de Ramos, 13, abriu solenemente a Semana Santa, momento significativo na vida da Igreja e dos cristãos. A celebração do Tríduo Pascal faz memória à paixão, morte e ressurreição de Jesus.
O bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, explica que as iniciativas propostas pela CNBB para a Quaresma, como a Campanha da Fraternidade e a Coleta Nacional de Solidariedade, buscam contribuir para uma experiência maior de fé e espiritualidade, culminando na Semana Santa. “É um tempo muito preciso, no qual vamos entrando no mistério da vida, do sofrimento, morte e ressurreição de Jesus”, explica dom Leonardo.
No caminho da Semana Santa, a Igreja sugere práticas como a oração, jejum e a caridade. A Paixão Cristo é marcada por ritos celebrativos que recordam os últimos momentos da vida de Jesus. “A morte e ressurreição Dele trouxeram novo sentido para todo o universo. Não apenas para cada um de nós, mas perpassou todo a obra da criação. Queremos caminhar com Jesus nas estações da dor, do sofrimento, morte e, assim vislumbrar a grandeza da vida nova a qual Ele nos conduz”, acrescenta.
Tempo de esperança
O Tríduo Pascal é constituído por diferentes rito litúrgicos, mas compreendendo única celebração. O bispo da diocese de Nossa Senhora do Livramento (BA) e presidente da Comissão para a Liturgia da CNBB, dom Armando Bucciol, explica que do ponto de vista celebrativo, o tríduo inicia na Quinta-feira Santa e encerra com a Vigília Pascal, quando os fiéis recebem a bênção. Para o bispo, o fato principal da Semana Santa deve ser a alegria pascal que, antes de tudo, deve integrar a vida e a liturgia do povo cristão.
“É momento de entrarmos de maneira mais profunda no sentido de seguir a Jesus morto e ressuscitado. Mas a participação na morte de Cristo, não se compreende sem a ressurreição. Portanto, é uma dor iluminada pela força de Deus. É uma esperança que antes de tudo compenetra o ser e o viver do cristão”, comenta dom Armando.
Para viver o Tríduo Pascal, dom Armando aconselha participar intensamente das celebrações, como um grande retiro espiritual, em comunhão com a Igreja e a comunidade local. “Viver essa semana como momento forte para repensar a própria fé, colocando-se diante de Jesus que doou a sua vida numa atitude de abertura de amor. Tenho certeza, que então, a nossa Páscoa terá o sentido pleno”, afirma.
Fonte: CNBB