Quando eu era guri, havia una “adivinha” que dizia: o que é, o que é, que quanto mais se tira, maior fica?
Óbvio que buraco era a resposta e buraco é a forma mais adequada de descrever a situação de nosso país.
O “foragido” Eike Batista, que poderia ter apelado para sua cidadania alemã – e a Alemanha não tem tratado de extradição com o Brasil – embarcou no final da noite de domingo para o Brasil e será preso quando chegar ao Galeão, pouco depois de dez da manhã.
Eike, que nada tem de diferente dos empresários-aventureiros-picaretas que marcaram o século 20 brasileiro – como, nos EUA, os “gigantes da indústria” do final do século 19 -tem muito mais a falar que o pretendente a delator Sérgio Cabral.
Porque a história de Eike não é só a dele, mas a de seu pai, Eliezer Batista, cuja história se confunde com a da própria Vale do Rio Doce.
O capitalismo é uma longa história suja e os capitalistas sempre figuras glamurosas.
Só há duas coisas certas, neste momento.
A primeira é de que se confirma o vaticínio de Dilma Rousseff, de que não ficará “pedra sobre pedra”.
A segunda, é que estes escombros se chamam Brasil.