Terça-feira, 18 de fevereiro de 2020 - 16h30
Observadores atentos às coisas da politica rondoniense
garantem que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), criada pela Assembleia
Legislativa de Rondônia, para apurar eventuais irregularidades praticadas por
uma concessionária de elétrica, entrou em coma irreversível, com suas funções
vitais complemente comprometidas. É só uma questão de tempo para que sua morte
seja declarada, numa forte e incontestável evidência de que ela nasceu
prematura e, consequentemente, sem a devida oxigenação para continuar viva.
Assim como a falta de oxigênio no cérebro pode levar à morte de neurônios e resultar em
danos cerebrais irreversíveis, a ausência de determinação vem asfixiando a CPI
da Energisa e arrastando-a para a cova. O entusiasmo que marcou os primeiros
dias da Comissão cedeu lugar à apatia, desaparecendo como fumaça, levando muita
gente a acreditar que sua criação teve motivação eleitoreira.
Por enquanto, ainda não se ouviu falar de que esse ou aquele
parlamentar tenha sido orientado pela cúpula de seu partido a abandonar a
Comissão, o que, em tese, seria péssimo aos olhos da opinião pública, mas, nos
bastidores, é dado como certo que alguns se teriam arrependidos de emprestar o
seu nome para criá-la, considerando os rumos que ela tomou.
Instrumentos como as CPI’s precisam ser usados com
responsabilidade. Assiste-se a uma banalização desse importante mecanismo que
passou a ser objeto do jogo mais miúdo entre oposição e situação. As CPI’s não
podem ser resultado de prerrogativas eleitoreiras, e sim fruto do entendimento
o mais amplo possível de que algo grave aconteceu e precisa ser investigado. E
essa investigação precisa apresentar resultados devidamente consubstanciados.
Lamentavelmente, o que se tem visto, aqui e alhures, é que, na tomada de decisão
por parte de uma parcela de parlamentares, prevalece o interesse de uns poucos
em detrimento dos sagrados interesses da sociedade. Não por acaso algumas
Comissões Parlamentares de Inquéritos acabaram na vala comum do esquecimento.
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Formei-me em 1958 em Direito na FDUSP e desde o início da década de 60,quando cinco dos atuais Ministros ainda não tinham nascido, atuo perante a Su