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A caminho da sepultura


A caminho da sepultura - Gente de Opinião

Observadores atentos às coisas da politica rondoniense garantem que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), criada pela Assembleia Legislativa de Rondônia, para apurar eventuais irregularidades praticadas por uma concessionária de elétrica, entrou em coma irreversível, com suas funções vitais complemente comprometidas. É só uma questão de tempo para que sua morte seja declarada, numa forte e incontestável evidência de que ela nasceu prematura e, consequentemente, sem a devida oxigenação para continuar viva.

Assim como a falta de oxigênio no cérebro pode levar à morte de neurônios e resultar em danos cerebrais irreversíveis, a ausência de determinação vem asfixiando a CPI da Energisa e arrastando-a para a cova. O entusiasmo que marcou os primeiros dias da Comissão cedeu lugar à apatia, desaparecendo como fumaça, levando muita gente a acreditar que sua criação teve motivação eleitoreira.

Por enquanto, ainda não se ouviu falar de que esse ou aquele parlamentar tenha sido orientado pela cúpula de seu partido a abandonar a Comissão, o que, em tese, seria péssimo aos olhos da opinião pública, mas, nos bastidores, é dado como certo que alguns se teriam arrependidos de emprestar o seu nome para criá-la, considerando os rumos que ela tomou.

Instrumentos como as CPI’s precisam ser usados com responsabilidade. Assiste-se a uma banalização desse importante mecanismo que passou a ser objeto do jogo mais miúdo entre oposição e situação. As CPI’s não podem ser resultado de prerrogativas eleitoreiras, e sim fruto do entendimento o mais amplo possível de que algo grave aconteceu e precisa ser investigado. E essa investigação precisa apresentar resultados devidamente consubstanciados. Lamentavelmente, o que se tem visto, aqui e alhures, é que, na tomada de decisão por parte de uma parcela de parlamentares, prevalece o interesse de uns poucos em detrimento dos sagrados interesses da sociedade. Não por acaso algumas Comissões Parlamentares de Inquéritos acabaram na vala comum do esquecimento. 

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