Quinta-feira, 21 de janeiro de 2021 - 10h40
Em todos os grupos de discussão, a vacinação contra
covid-19 se tornou tema de presença quase obrigatória. A diversidade de
opiniões só não é maior do que a paixão dos defensores das teses que gravitam
ao redor (de um lado e do outro). Diante dessa polarização inadequada cabe
evocar o que dizem a ciência e a medicina sobre o poder da imunização para que
a escolha final do que fazer diante da vacina seja a melhor.
As vacinas são produtos biológicos que funcionam
com base num conceito simples e bem estabelecido: mimetizar a reação imune
fisiológica, oferecendo ao organismo humano a provocação necessária para que se
desenvolva a imunidade, sem que o indivíduo tenha que se expor aos riscos da
infecção natural.
Vale também lembrar que o desenvolvimento dos
imunizantes contra covid-19 resulta de avanços científicos e tecnológicos
acumulados ao longo de mais de um século de estudos e pesquisas sobre o tema.
Neste processo, os fabricantes e cientistas devem comprovar a superação de
diferentes etapas para que, ao final, o produto entregue seja o mais seguro e
eficaz possível.
Para validação das etapas, instituições dos
governos fazem a verificação ponto-a-ponto, a partir de critérios
internacionais consagrados. Só segue adiante nesta maratona quem consegue
passar por essa prova de fogo. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) é a responsável por esse trabalho e, certamente, tem
investido toda sua capacidade técnica e credibilidade, que a colocam entre os
três maiores institutos deste tipo no mundo, em sua execução.
Diante do exposto, fica claro que os pesquisadores
e os governos, inclusive o do Brasil, estão na mesma sintonia: preocupados em
oferecer à população uma vacina segura e eficaz contra a covid-19. Essa certeza
configura um alento e torna mais fácil a caminhada até o posto de saúde mais
próximo para receber a dose do imunizante contra o coronavírus.
Particularmente, declaro meu amplo e irrestrito
apoio à vacinação contra o vírus dessa pandemia, o que deverá começar nos
próximos dias. Essa é a mesma posição do Conselho Federal de Medicina (CFM) e
do Conselho Regional de Medicina de Rondônia (Cremero), igualmente favoráveis à
iniciativa.
Em posicionamento divulgado nesta semana, o CFM
reiterou que a luta contra a pandemia de Covid-19 precisa incorporar a
imunização o mais rápido possível. Contudo, de forma responsável, alerta que o
uso das vacinas só deve ter início após sua aprovação (emergencial ou
definitiva) pela Anvisa, como previsto na legislação e pelas boas práticas
científicas.
Como já dito, esse cuidado é necessário para dar ao
brasileiro a plena confiança de que as doses trazem substâncias seguras e
eficazes ao seu propósito: combater os efeitos nefastos do novo coronavírus.
Assim, após essa cobertura, o País poderá ver a redução das taxas de
contaminação e do número de novos casos, bem como uma queda no desenvolvimento
de formas graves da covid-19.
Superada essa etapa, o Brasil terá a oportunidade
de voltar aos trilhos da normalidade, com repercussão positiva na vida
econômica da Nação e nas relações em sociedade. Afinal, as empresas precisam de
ambiente favorável para produzir bens e serviços e as famílias e amigos de
confiança para se reunirem novamente. No entanto, nada disso acontecerá da
noite para o dia. Esse é apenas o início de um processo que poderá levar meses
para alcançar as metas esperadas.
Neste sentido, cabe aos rondonienses seguir as
orientações das autoridades sanitárias e aos gestores tomarem todas as
providências para que a vacinação transcorra sem atropelos. Isso significa
oferecer insumos (agulhas, seringas, etc.), recursos humanos e logística
adequada para que todos os cidadãos do Estado tenham acesso ao imunizante.
Amigos e amigas, é preciso ter esperança de que
estamos caminhando para a superação dessa crise sanitária. Juntos, todos
poderemos avançar rumo a um objetivo comum: a preservação do bem-estar, da
saúde e da vida dos brasileiros. Para tanto, apoiar e participar da
campanha de vacinação contra a covid-19 é fundamental.
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