Sábado, 23 de maio de 2020 - 10h39
O Brasil vive um momento
extremamente difícil de sua história. Para alguns, a politica deixou de ser um
instrumento de bem-estar social e refletir as exigências do povo, nos seus
diferentes aspectos, para tornar-se mecanismo de busca de interesses pessoais e
de grupos, completamente dissociados da realidade nacional.
Enquanto o governo luta para
reconstruir o país em bases sólidas e modernas, dentro de critérios éticos,
visando melhorar as condições de vida do povo, por meio de uma distribuição
mais equitativa da riqueza, atenuando as desigualdades sociais, sem sacrificar
a organização privada da produção, que é um postulado do nosso regime econômico
de livre iniciativa, muitos insistem em manter os anacrônicos esquemas do
passado.
E quem são eles? Os de sempre, ou
seja, as velhas e carcomidas raposas da politica nacional, que não resistem à
tentação do prato de lentilha, acostumadas a saciarem sua sede nas flácidas
tetas da administração pública, por meio dos mais despudorados artifícios, mostrando
que estão completamente desintonizadas com os tempos modernos, pois acreditam
que o povo é um rebanho dócil capaz de se amoldar aos seus caprichos e
devaneios.
Causa asco vê essa gente usando as
tribunas dos parlamentos e as redes sociais para falar de democracia, de patriotismo
e de amor à causa dos menos favorecidos, mas, à surdina, trabalha pelo fracasso
do país e, assim, recolher as melhores castanhas do braseiro. No fundo, são
farsantes travestidos de moralistas.
Em tempos como esse que estamos
atravessando, muitos confundem caridade com espirito público, esperteza com
inteligência e honestidade com pieguice. Mesmo os que aparentam conhecer bem
essas diferenças incorrem em condutas que deixam patente a confusão. Até mesmo
quem já foi condenado e preso como mentor do maior esquema de corrupção de que
se tem notícia na história mundial se julga no direito de tentar dar lição de
moral, de apontar o dedo na direção do governo, querendo mostrar-lhe caminhos. A
quem interessa o caos? Precisa responder? Claro que não! O brasileiro
inteligente já sabe quem são e como atuam os personagens desse enredo macabro.
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Formei-me em 1958 em Direito na FDUSP e desde o início da década de 60,quando cinco dos atuais Ministros ainda não tinham nascido, atuo perante a Su