Sexta-feira, 10 de abril de 2020 - 10h31
Já sustentei nesse espaço (e o
faço tantas quantas vezes se fizerem necessárias) que não acredito na
possibilidade de a CPI da Energisa, criada pela Assembleia Legislativa de
Rondônia, para apurar eventuais ilícitos cometidos pela concessionária de
energia contra consumidores de Rondônia, redundar em êxito. Perdoe-me os que
pensam diferentes, mas o destino dessa Comissão será uma das gavetas da
burocracia oficial, como todas as CPI’s instituídas por aquela Casa.
Meu sentimento de descrença
fundamenta-se no histórico da ALE-RO. Para alguns que lá têm assento, a
condição de representantes da população, legitimada pelo voto, ficou esquecida,
prevalecendo à atuação mediana. E repare que a legislatura está apenas
começando, mas se comporta de maneira envelhecida e cansada, sem a desenvoltura
para promover mudanças e estabelecer outros parâmetros de atuação.
Até que me tenho esforçado, mas
não consigo situar a ALE-RO como um espaço de defesa da causa popular, de
guardiã da população, e de fiscal atenta às ações governamentais. Sua imagem
está marcada pelo distanciamento que mantém em relação aos grandes temas sociais,
verdadeiramente importantes à população. Escrevendo assim, pode até parecer ao
observador menos atento que eu alimento algum sentimento de vindita pessoal
contra aquela instituição, mas não é nada disso. Apenas penso que ela encolheu
sua atuação e, consequentemente, reduziu o papel de legislar.
Nem parece que temos uma
legislatura com menos de quinze meses de idade. A impressão é de que ela está
chegando ao final. O eco da Casa não se faz ouvir, provavelmente porque não se
posicionou diante dos problemas mais graves enfrentados pela população, como
realmente deveria, preferindo recolher-se, não estabelecendo confrontos e não
contrariando interesses. Gostaria de ver a ALE-RO adotando medidas que
tornassem as ações da Casa mais transparentes como informar, diariamente, a
presença ou ausência de parlamentares, os seus vencimentos, os valores das
verbas indenizatórias destinadas aos gabinetes; as cotas de combustível,
passagens áreas, postal e telefônica, para que a população, que outorga
mandatos, pudesse conhecer como e de que forma são aplicados os recursos
oriundos dos impostos que paga por aqueles que exercem funções parlamentares.
Lamento contrariar, mas a CPI da Energisa, a meu ver, tem todos os ingredientes
para acabar numa tremenda pizza gigante.
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