Quarta-feira, 23 de dezembro de 2020 - 15h31
Sem dúvida o ano de 2020
foi um ano de muito aprendizado para todos. Um ano onde tivemos que nos adaptar
à uma nova rotina devido a pandemia da covid-19. Apesar de todas as intempéries
que passamos, o Sistema Fecomércio, Sesc Senac Rondônia, juntamente com os
sindicatos filiados à Federação com o apoio da Confederação Nacional do
Comércio - CNC, atuaram com maestria em defesa da classe empresarial, mostrando
um trabalho de união e perseverança com a nossa diretoria e o conselho de
representantes. Juntos, lutamos pelo desenvolvimento do nosso comércio,
contribuindo com os governos na elaboração dos decretos Estaduais e Municipais,
protegendo vidas e a nossa economia para a manutenção das empresas e empregos.
Também atuamos com campanhas de sensibilização, alertando nossos empresários e
população em geral sobre as medidas protetivas necessárias. Várias foram as
ações desenvolvidas por este Sistema, entre eles, atendimentos de saúde para a
população através da Clínica de Campanha do Sesc, doação de cestas básicas e
materiais de higiene e limpeza através do Programa Mesa Brasil, além da doação
de mais de 95 mil máscaras para o comércio, profissionais de saúde do estado e
municípios, entidades, cooperativas e comunidade.
É, 2020 não foi um ano
fácil, mas conseguimos superar as expectativas e não deixamos de realizar os
nossos objetivos. E o que dizer de 2021? O que podemos esperar desse novo ano?
Bom, se existe uma tarefa complicada para qualquer um, até mesmo para
profetas, videntes e economistas, é escrever sobre o que irá acontecer no
próximo ano. Mas, podemos exemplificar analisando os indicadores
econômicos. Observamos nos dois últimos
trimestres, a economia brasileira mostrar um bom poder de recuperação dos
impactos da covid-19. Algumas indústrias, como a construção civil e a digital
até apresentaram um ritmo mais acelerado do que antes da crise. No comércio, o
varejo digital, as vendas de materiais de construção, de móveis e
eletrodomésticos também estão acima de 20% do que foi observado no 3º trimestre
de 2019. Também há sinais de que a economia mundial deve retomar, mesmo que de
uma forma mais lenta, os níveis anteriores à pandemia. Isto, como aconteceu no
Brasil, se deve, em grande parte, as injeções de recursos que, inclusive nos
países desenvolvidos, estão sendo despejados em seus mercados para reduzir os
problemas de renda e desemprego. É claro que as enormes transferências fiscais
do governo federal para estados e municípios e outras medidas de superação da
crise, em particular o auxílio emergencial, aqui no nosso país, surtiram os
efeitos desejados e impulsionaram a economia para um novo patamar de dinamismo.
Nota-se, inclusive com a contratação de trabalhadores temporários, que existem
evidências de um retorno bastante importante de pessoas ao mercado de trabalho,
embora o empreendedorismo, o trabalho por conta própria e até sem carteira,
também apresentem crescimento significativo. Em regiões como a nossa, onde a agropecuária
possui importância, os sintomas de uma retomada são mais favoráveis ainda. Isto
me faz crer, que, por suas características e comportamento histórico, Rondônia
deverá crescer, em 2021 bem mais do que o crescimento do Produto Interno
Bruto-PIB do Brasil, previsto para 3,5%, que, se houver um aumento previsível
dos preços das commodities, pode-se
até sonhar com um resultado muito melhor. Como, recentemente, ao manter a Taxa
Selic em 2%, o Banco Central também estimou uma inflação de 3,4%, ou seja, mais
baixa do que a deste ano, o ambiente apresenta uma conjuntura bastante
favorável para retomarmos um ciclo virtuoso de crescimento. É evidente que a
minha visão é otimista. Um comerciante, um empresário, não pode se dar ao luxo
de alimentar pessimismo. Já é otimista por abrir a porta de seu negócio todos
os dias. Outra expectativa é advinda do Governo Federal às reformas que estão
em andamento, assim como os projetos do Governo de Rondônia que estão no
caminho do desenvolvimento, investindo no Turismo, na revitalização dos
aeroportos dos municípios do nosso estado e o Alfandegamento do aeroporto da
nossa Capital. Esperamos que tudo isso aconteça, de vez que, com a volta da
normalidade, estaremos mais preparados com o equilíbrio fiscal de nosso estado
e as possibilidades reais de novos investimentos, poderemos ter sim um 2021
cheio de boas perspectivas!
Feliz Ano Novo!
*Raniery Araujo Coelho – Presidente do Sistema Fecomércio, Sesc, Senac
Rondônia e vice-presidente da CNC
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