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Autoridades e dirigentes públicos insistem em seguir na contramão


Autoridades e dirigentes públicos insistem em seguir na contramão - Gente de Opinião

Os números comprovam que não são alarmistas as campanhas de prevenção contra o novo coronavírus, que tem causado a morte de milhares de pessoas em todo o mundo. No Brasil, a pandemia vem se alastrando de forma rápida e mortal, colocando nosso país no pódio dessa tragédia. Particularmente em Rondônia, o setor especializado já anuncia a existência oficial de trezentos e um casos, com onze mortes, números devidamente cadastrados. E, partindo desses números, os especialistas aplicam a fúnebre regra de projeção para os próximos meses.

Desgraçadamente, os números são múltiplos entre si, nessa dolorosa operação matemática que projeta para hoje os mortos do futuro. Futuro esse que pode chegar em horas, dias e meses, mas que fatalmente levará muitos contaminados à morte. E uma sociedade inteira fica estarrecida, principalmente com a conduta de autoridades e dirigentes públicos que insistem em flexibilizar o horário de funcionamento do comércio, contrariando as determinações de especialistas, que recomendam o isolamento social como medida preventiva.

Enquanto isso, todos se curvam atônitos ante esse gigante invisível, que não respeita barreiras, nem escolha classe social, cor, sexo ou religião, que afronta e desafia a ciência, desestimulando ou mesmo proibindo o exercício do abraço.  As perspectivas de curto prazo não são animadoras. Pelo contrário. Conduzem o raciocínio de todos a uma reflexão cuidadosa e mesmo temerosa, pois ainda que estudiosos e entidades do ramo busquem frear sua disseminação, o vírus aumenta assustadoramente no Brasil. O governo federal anuncia a liberação de milhões de reais para estados e municípios enfrentarem à pandemia. As autoridades de saúde garantem que vêm fazendo sua parte. Cabe à população carregar o andor nessa funesta procissão de luto e dor. Antes, porém, convém voltar nossos olhos para os céus e clamar pelo Deus do impossível.  

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