Quinta-feira, 11 de agosto de 2022 - 16h20
O marketing é um caleidoscópio. Conforme o ponto de
vista ou de partida, há uma diferente visão ou ponto de chegada. Ele pode ser
interno, de relacionamento, conteúdo, social, digital e tantos outros. Mas hoje
quero destacar o live marketing.
Com o objetivo de ampliar e dar mais visibilidade
para ações promocionais, nasceu esse conceito. Ele tem como objetivo envolver e
engajar ainda mais o público-alvo, para que participe das experiências que as
marcas propõem, colocando-o na posição central de seu relacionamento com elas.
O “marketing ao vivo” utiliza diversos meios e
ferramentas para atuar. As mais comuns são os eventos, feiras e congressos;
ações promocionais como degustações, distribuição de prêmios e amostras grátis;
ações de merchandising; de ativação de marca e incentivo; além de ações
digitais nas mídias sociais (geralmente atreladas aos programas de realidade
virtual e aumentada); e de todo o universo hibrido e online que ele foi
ampliado nestes últimos dois anos.
As experiências sensoriais são fundamentais e um
dos grandes diferenciais do live marketing – ainda mais com a volta dos eventos
presenciais no cenário pós-pandêmico, onde a interação com o consumidor é
essencial para gerar envolvimento. Isso traz relevância à marca, criando laços
e fomentando as relações com os clientes, e consequentemente, fidelizando e
aumentando a conversão de vendas.
Pensando nisso, e paralelo a discussão ética, moral
ou inclusiva de como estamos criando estas ferramentas virtuais, observo cinco
tendências que podem ampliar ainda mais o poder do live marketing:
1. E-sports: os
jogos de videogame estão cada vez mais profissionalizados. Somos o terceiro
maior público de e-sports em um ranking global, o que torna uma oportunidade
para as marcas patrocinarem e interagirem com esses profissionais e público;
2. Facial
recognition: o filme Matrix, em 1999, revolucionou os
espectadores com as informações obtidas por meio da retina. E cá estamos, mais
de 20 anos depois, olhando para essa tecnologia. Presente em notebooks, tablets
e smartphones, já é possível realizar compras e pagamentos em um “piscar” de
olhos;
3. VR
Live Events: durante o período de isolamento social, havia
festas virtuais onde os participantes criavam seus avatares e participavam do
evento sem sair do sofá. A realidade virtual é uma maneira de assistir a
conteúdos ao vivo (shows, esportes e afins) onde o usuário estiver;
4. Geomarketing:
aliando a geografia ao marketing, você pode fazer check-in ou postar e marcar o
estabelecimento onde estiver para ganhar algum drinque em troca. Seria uma boa
surpresa, não? Mais uma ação de live marketing.
5. Metaverso: não
poderia ficar de fora. O termo ganhou popularidade desde o final do ano passado
com a mudança do Facebook para Meta, mas seu primeiro registro é da década de
1990, do romance de ficção científica "Snow Crash" onde os personagens
usavam avatares digitais para entrar em um universo online para fugir dos
horrores da realidade. Passados esses 30 anos, o metaverso pode ser definido
como uma rede de mundos virtuais, que tenta replicar a realidade, com foco na
conexão social, utilizando a realidade aumentada e virtual e inteligência
artificial. Atualmente o metaverso possibilita a compra de terrenos e avatares
às pessoas reais para povoar esses mundos, que podem ser réplicas de modelos
que já conhecemos, ou um ambiente criado.
O que mais tem chamado a atenção das marcas para o
live marketing é o quanto ele pode ser rápido e eficiente nesta conexão
com a realidade e com as necessidades e desejos dos consumidores. E essa
poderosa ponte permite experiências de valor para as pessoas e gera memórias
afetivas únicas, que reforçam o engajamento do público e criam poderosas
comunidades de fans para as marcas e seus produtos.
*Ronaldo Bias Ferreira
Jr. é sócio-diretor da um.a Diversidade Criativa (https://www.linkedin.com/in/ronaldobias/
— https://linktr.ee/Ronaldobias). Formado em comunicação social e
marketing, é empresário, empreendedor e fundador do programa de capacitação
Mestre Diversidade Inclusiva (MDI), em parceria com a Pearson Educacional. É
membro permanente do conselho da Associação Brasileira de Live Marketing
(Ampro), colunista da Promoview e do Portal Eventos, e atua ampliando a voz de
protagonistas, como um forte aliado da diversidade, equidade e inclusão no
mundo corporativo – uma@nbpress.com
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