Segunda-feira, 29 de junho de 2020 - 08h24
Poucas empresas, no Brasil, têm
sido tão bem sucedidas em suas áreas de atuações quanto à empresa Corrupção
S/A. O seu faturamento anual é calculado em bilhões. E, ao contrário do que
pensam alguns desavisados, ela está presente nos locais mais distantes desse
vastíssimo território nacional.
A corrupção, como se sabe, é uma
prática condenável, sob todos os aspectos, mas amplamente alimentada, aqui e
alhures, pelo poder público, por empresas, pessoas da iniciativa privada e
servidores públicos, além de políticos e administradores públicos calhordas e
irresponsáveis, em detrimento da sociedade. Essa gente não pensa duas vezes
antes de meter as mãos sujas no erário e, o que é pior, alguns ainda têm a cara
de pau de aparece na televisão condenando as bandalheiras, achando que todo
mundo é néscio.
As perdas sociais causadas por
aqueles que se locupletam com o erário são enormes, de proporções gigantescas,
pois o dinheiro que escorre pelo ralo dos desvios financeiros (devidamente
planejados) acaba deixando de ser aplicado em obras e programas sociais, que
poderiam minimizar a dor e o sofrimento de milhares e milhares de brasileiros.
E isso pode ser facilmente
observado na qualidade dos serviços oferecidos pelo poder público, nos três
níveis de governo, nas áreas obrigatoriamente garantidas pela Constituição Federal,
como saúde, educação e segurança pública, apenas para ficar nesses três
exemplos. Você está satisfeito com o tratamento dispensado pelos seus
representantes (governador e prefeito)? Frequentemente, o que se tem ouvido são
reclamações e até xingamentos contra autoridades em relação à qualidade dos
serviços executados nesses setores.
Logo, é de causar indignação, sim,
a informação de que centenas de pessoas que já morreram teriam recebido o
Auxilio Emergencial do Governo Federal. Espera-se que a denúncia não se ajunte
a tantas outras que acabaram na vala comum do esquecimento, mas seja
rigorosamente apurada e os culpados de engordarem as já polpudas contas bancárias
da empresa Corrupção S/A exemplarmente castigados.
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Formei-me em 1958 em Direito na FDUSP e desde o início da década de 60,quando cinco dos atuais Ministros ainda não tinham nascido, atuo perante a Su