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Crônica

As vistas da janela muçulmana


As vistas da janela muçulmana - Gente de Opinião

A janela muçulmana, desde a solidificação do islamismo, vem assombrando o mundo ocidental com vistas preocupantes, fundadas num pensamento belicoso radical, que já nos deixou sequelas profundas, basta lembrar das Cruzadas, do 11 de Setembro e da dificuldade de Israel sobreviver, cercado de mulçumanos por todos os lados.

O Alcorão nem é um livro violento, mas os parentes de Maomé (Chiitas e Sunitas) e o exclusivismo dos muçulmanos, pela posse do paraíso celestial, atrapalham a convivência. Nem se representantes de todos os países do mundo reverberassem via ONU a proposta de um novo país, com área desmembrada da Jordânia, Síria, Irã, Egito etc., onde se estabeleceriam em paz todos os palestinos, como foi feito com Israel em 1948, isso seria executável. Muito já se falou sobre isso, mas, na prática, é um Sonho Impossível, porque existem na área muitos grupos terroristas, com interesses diversos. Contudo, se os países árabes se unissem em torno do ideal de uma pátria palestina eles conseguiriam, mas…

Os países que mais aceitam imigrantes em seu território, sentem dificuldades na integração total desses povos, que, por razões diversas, abandonam sua terra natal e se sujeitam a uma nova cultura. A integração nunca será total, principalmente se vier eivada de religião, colonialismo, bairrismo, preconceitos, complexo de vira-lata, etc. etc. A qualquer momento, um dos dois lados, o que oferece o rincão ou o que sonha em expandir seu território emocional ao novo território, se digladiarão por coisas banais, produzidas no âmago da cultura original.

Enquanto isso, o mundo se preocupa com o crescimento dos tentáculos terroristas, já que o islamismo proíbe o controle de natalidade. Para muitos um retrocesso cultural, basta ver a forma como a mulher é tratada pelos árabes e como as monarquias/teocracias funcionam em pleno século 21.

Está claro que as teocracias islâmicas tentarão se impor ao longo dos territórios europeus, americanos e asiáticos, como um alargamento da cultura do Oriente Médio. Os mais radicais dizem que a única forma de equilíbrio seria pela 3ª Guerra Mundial entre islamitas e adeptos de outras religiões e seitas: a História não anima o animus belicoso dos radicais. As Cruzadas deixaram marcas e vitórias significativas em ambos os lados, se bem que, se a 3ª Grande Guerra explodisse hoje, Israel seria o fiel da balança, com consequências inimagináveis.

Centenas de anos se passaram e as religiões continuam sendo o quesito principal no rol dos problemas da humanidade. Por mais que a gente tente enxergar o futuro distante, em nenhum momento conseguimos antever a bíblia cristã, o torá, o alcorão e os demais ensinamentos orientais, editados num único e simples volume de poucas páginas, onde a principal máxima, aquela indispensável à uma perfeita convivência, com presença obrigatória em todas as esquinas culturais e escolas, estivesse implantada na razão humana, reverberando uma antiga fórmula de pouco mais de dois mil anos: amai-vos uns aos outros.

Mas esta é uma vista incompatível com a origem animalesca e selvagem da janela do ser humano, onde o medo, a inveja, a ambição e o egoísmo ditam as normas do viver e das expectativas do post-mortem.

O meu complexo de Júlio Verne só enxerga uma vista futurística possível, oriunda da janela desta querela universal: o fim da cultura humana de dois hemisférios cerebrais e o início racional e hollywoodiano da inteligência artificial, unificada em um software especial e independente, um algoritmo criado por outro algoritmo, sem interferência humana.

Toda polêmica envolvendo nosso futuro dói muito! Por enquanto, é melhor aceitar o mundo como ele é, com dirigentes mundiais disputando a vida ou a morte de crianças inocentes, torcendo para que o inferno exista, e investir na fé cega e na esperança inalcançável de uma confraria universal: seja o que Deus quiser!  

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