Sábado, 21 de outubro de 2023 - 12h16
Moura e Sá, disse na curiosa obra: " Vida
Literatura" (vol. Póstumo,) uma grande verdade, que poucos se aventuram a
escrever em letra de forma:
"Quando dizemos: João é
bom, queremos dizer que antes ele nos afirmou a sua admiração pelas nossas
qualidades; quando dizemos: João é estúpido queremos realmente significar que
ele antes não nos tirou o chapéu com amabilidade suficiente. Exatamente da
mesma maneira que, quando dizemos: este poema é mau, queremos muitas vezes
afirmar que o autor pensa em matéria política de forma diferente da
nossa."
Mutatis mutandis: quando dizemos: este escritor é
mau, é porque não tem afinidade religiosa ou política connosco.
São poucos os que analisam uma obra em total
imparcialidade.
Em regra, a fama está quase sempre dependente do:
talento, da capelinha política, da máquina comercial e da época em que se vive
(o gosto varia consoante as décadas.)
O vulgo, que não sabe avaliar nem pensar, é sempre
levado, como águas dum rio, pela mass-media; bate palmas e aplaude o que não
entende, mas dizem-lhe ser bom.
Basta que em unicíssimo lhe digam: é excelente,
para que as vendas subam astronomicamente.
Todos sabemos que os candidatos ao Nobel, são
propostos pelos governos, que arrendam páginas na imprensa internacional e
tempo de antena na Rádio e Tv.
Há firmas especializadas nesse serviço, em
Estocolmo (Jerry Bergstroem AS, é uma delas) - veja-se: " O Comércio do
Porto", de 6/09/99.
Suspeitava Agustina Bessa- Luís, quando
participou - membro do júri -no Prémio Internacional de Literatura da União
Latina, que alguns membros do júri, mal conheciam obras de alguns candidatos.
(C.P.- 23/11/95)
Pelo que se disse, pode-se afirmar que o
escritor, é bom ou mau, conforme a crítica vem da direita ou da esquerda.
Sem mérito, ninguém alcança o estrelato, mas
desenganem-se os ingênuos, que se pode singrar sem o "jeitinho"
É costume dizer-se: "Há sempre uma
grande Mulher por trás de um grande Homem", e é verdade; mas sem
máquina comercial ou política, bem montada, dificilmente nasce um grande Homem.
Das nossas janelas víamos as janelas dos vizinhos, o muro era baixo e nossa casa foi construída no centro de três terrenos, num nível mais alto. A m
Os que se dedicam às letras, normalmente principiantes, mosqueiam a prosa de palavras "difíceis", rebuscadas no dicionário, e frases enigmáticas, pa
O valor das coisas depende de quem é
Possuía, no século passado, meu pai, na zona histórica, belo prédio barroco – que recebera dos avós, – mas, ao longo dos anos, se delapidara.Reforma
Um médico, ginecologista, instalou seu consultório no nosso bairro. Mulheres de longe, e até as que moravam perto e tinham alguma condição financeira,