Segunda-feira, 17 de agosto de 2020 - 13h00
Certa
ocasião, Nicolau Tolentino de Almeida, escreveu carta, dirigida ao Oficial da
Secretaria do Reino, Lourenço José da Mota Manso, dizendo: “ Se tu não sabes
o que é não ter dinheiro, eu to explico: abaixo dos estupores, é o maior mal do
mundo…”
Para
evitarem o “mal”, é que muitos passam a vida amealhando tudo que aforram.
Uns,
começa, de novos, a formar o pecúlio, receando chegarem à velhice, e não terem
bastante para sobreviverem com dignidade.
Outros,
desbaratam tudo, levando vida de cigarra, confiados na Providência divina e na
providência do Estado.
Os
que imitam a formiguinha, passam duros trabalhos e privações constantes. Os que
imitam a cigarra levam vida folgada a cantar, a passear e a banquetear em bons
e alegres repastos.
Vem
depois a calamidade, as crises económicas, as cigarrinhas, ao verem as
formiguinhas, com dispensa cheia, e boa casa, descem à rua indignadas e a
brados reclamam: igualdade! …
-
“Não é certo, nem justo, que uns tenham tudo, e outros nada ou quase-nada!
…” – dizem, revoltados.
E
invejosos de não possuírem pé-de-meia, buscam assaltar a dispensa da
formiguinha…trabalhadora.
Afirmam,
filosoficamente: “ Quando o Sol nasce, é para todos! …. Vamos distribuir
o “ mealheiro”, para que todos possuam seu quinhão…”
Conheci
pobre homem, empregado de armazém, que desde muito novo amealhou. Casou com
caixeirinha de loja de miudezas, que ambicionava ser senhora.
Assentaram
engordar o “porco”, para adquirirem casa. Animados pelo sonho de serem
independentes, mal comiam. Diariamente a janta, era apenas sopa. Só ao domingo
saboreavam carne ou peixe, com batatinhas ou arroz malandrinho.
Arrecadada
a quantia desejada, compraram terreno e levantaram linda moradia.
Os
companheiros de trabalho, nesse entanto: viajavam, comiam e bebiam à tripa
forra. Refastelavam-se no Inverno, bem aquecidos; e no Verão, nas areias
morenas do Algarve e Benidorm.
Vendo
a moradia do colega forreta, rosnavam à socapa: - “ Onde foi o pascácio roubar
esse dinheiro?! …”
Vou,
agora contar dois casos verídicos, de famosos milionários, para “adivinharem”
como se faz fortuna, honestamente. Porque há, também, quem chegue a remediado,
roubando parentes (até irmãos!), trabalhadores e a sociedade, em geral; estou
certo, se eles têm consciência, está repleta de tenebrosos remorsos…agora, e
principalmente, na hora da morte. …
Citarei,
o multimilionário Calouste Gulbenkian, que depois dos trabalhadores se
ausentarem, ia sorrateiramente pelos escritórios, recolher pontas de lápis que
lançavam ao lixo, para usa-los no seu gabinete, no aproveita-lápis…
E
o dono do império IKEIA, que ao fazer compras no supermercado, procurava
produtos no fim e validade, com preços especiais, para economizar…
Quando
surgem graves crises, que afectam, em regra, os pobres, aprecem, entre eles,
numerosos, que usufruíam bons vencimentos, passavam férias em Saint-Tropez e
vestiam-se com boa fazenda inglesa; mas nunca pensaram criar pé-de-meia….
Para
quê? Perguntam. O Estado Providente, e as formiguinhas prudentes, arrecadam
sempre o bastante para repartirem, por todos…; a bem ou a mal…
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